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12 DE JUNHO DE 2017

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Hoje, o Cheque-Formação, medida criada pelo anterior Governo, sobre o qual, à época, deixámos a

recomendação de que meses após a sua execução deveria ser reavaliada, também sofreu críticas por parte

deste Governo.

Mas, para nossa admiração, Sr.as e Srs. Deputados, a medida continua ativa, os seus beneficiários continuam

a poder concorrer, apresentando as suas candidaturas, mas as entidades empregadoras, os empregados e os

desempregados, fazem-nos chegar a informação de que, após serem submetidas as candidaturas, não há

respostas.

Sr.as e Srs. Deputados, para a medida Cheque-Formação, também exigimos ação deste Governo. O Governo

vai ou não dar continuidade a esta medida? Os trabalhadores precisam de medidas ativas de formação

profissional que lhes permitam adquirir novas competências e melhorar competências adquiridas.

Cada vez mais, o mundo laboral exigirá planos de reconversão profissional, que permitam ao trabalhador

adaptar-se às novas necessidades do mercado de trabalho, onde o Estado deve ter um papel muito importante

de facilitador e de regulador da oferta de formação profissional, e este Governo tem tido um efeito simplesmente

paralisador.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Sr.as e Srs. Deputados, por tudo isto, e por muito mais que ainda haveria para

dizer, o PSD tem legitimidade para continuar a exigir ação deste Governo. Exigimos ação deste Governo!

O Partido Socialista e este Governo têm de se definir se ficam refém das esquerdas — do Bloco de Esquerda

e do PCP —, que pretendem destruir as leis laborais e, consequentemente, o desenvolvimento e o crescimento

do País, ou se fica refém, mas bem ancorado — neste caso, seria bem ancorado —, aos valores mais altos de

uma sociedade justa, equilibrada, de trabalhadores e de empresas, de famílias e de indivíduos, onde prevaleça

o bem-estar para todos.

Vozes do PSD: — Muito bem!

Protestos da Deputada do BE Isabel Pires.

A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Sr.as e Srs. Deputados, se para o Partido Socialista e para este Governo é

uma dúvida, para o PSD é uma certeza. Quer estejamos no poder ou na oposição, a nossa missão é servir o

País com patriotismo, sempre com patriotismo, como fizemos nos quatro anos em que fomos Governo e que

resgatámos o País da crise.

Fica a certeza, Sr.as e Srs. Deputados, de que faríamos muito melhor do que o que está a ser feito.

Aplausos do PSD.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Não é certeza, é «nim»!

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Wanda Guimarães, do PS.

A Sr.ª Wanda Guimarães (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Eu já previa, dada a manifesta

falta de imaginação das bancadas da direita, o tom do debate que aqui tem sido travado. Mas eu gosto, porque

acho que se aprende sempre alguma coisa. Até se aprendem uns truques um bocadinho estafados, mas nós

vamos tomando nota.

Aquilo a que os Srs. Deputados das bancadas da direita nos têm habituado é a um velho truque: falar sempre

em nome de alguém que não pode estar presente e que, portanto, não se pode manifestar, nem mesmo o seu

desagrado. Estou a falar do povo português. Por isso é que os senhores nos enchem os ouvidos a falar do povo

português, que é agora o vosso herói, mas, durante quatro anos, não se cansaram de fustigar.

Aplausos do PS.