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I SÉRIE — NÚMERO 96

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A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Hoje, Srs. Deputados, os tempos são outros. Todos sabemos que as leis

laborais são as fronteiras mais evidentes entre a direita e a esquerda e, se este muro cair, se esta fronteira se

esbater, o País não progredirá mais e passaremos a ficar comprometidos na destruição de tudo o que

recuperámos até agora.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — É o diabo!

A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Sr.as e Srs. Deputados, o PSD não se demite da sua responsabilidade e, por

isso, temos sempre apelado a que haja um novo patamar de crescimento, repito, um novo patamar de

crescimento, denunciando sempre, repito, denunciando sempre os sinais de um país adiado.

E é isso: o Governo e os seus parceiros de coligação não têm vontade de continuar as reformas do anterior

Governo, PSD/CDS. Rejeitam-nas!

As reformas laborais serão adiadas e as que foram feitas pelo anterior Governo estão a ser revertidas. Isto

não é novidade, é ao que os portugueses têm vindo a assistir.

O Governo está surdo para a oposição e para as instituições internacionais, que constantemente apelam a

que continuemos o caminho reformista que o País teve até aqui.

Sr.as e Srs. Deputados, estamos satisfeitos com a confirmação de que o País cresce, mas estamos

defraudados porque este Governo revela, constantemente, falta de capacidade para consolidar estas

perspetivas de crescimento.

Senão, vejamos: o PIB está a crescer, mas o anterior Governo, governando nas condições adversas que

tinha, de 2014 para 2015 quase duplicou o seu crescimento. Por isso, Srs. Deputados, exigimos ação do

Governo.

Também exigimos ação do Governo na capacidade de gerar emprego, que tem de acompanhar o mesmo

impulso da queda do desemprego.

Convém lembrar que a grande queda do desemprego, 75%, verificou-se entre 2014 e 2015, quando 282 000

pessoas desempregadas saíram deste flagelo.

A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Bem lembrado!

A Sr.ª Carla Barros (PSD): — Por isso, temos legitimidade para exigir ação deste Governo.

Sr.as e Srs. Deputados, exigimos mais ação deste Governo para criar mais e melhor emprego. Porquê? —

perguntar-me-ão, certamente. Porque o emprego precário está a aumentar.

O combate à precariedade é fulcral para o PSD, mas este Governo converteu-o num anúncio populista para

agradar aos seus parceiros de coligação.

Aplausos do PSD.

Sr.as e Srs. Deputados, o PSD exige que se tomem medidas para aumentar a produtividade, que se sigam

as recomendações do relatório da OCDE desta semana, que refere «que se deem prioridade às vocações».

Sr.as e Srs. Deputados, porque falamos em vocações, falamos em formação profissional, também hoje em

debate.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Carla Barros (PSD): — O nosso País tem um Governo que, mal tomou posse, se apressou

imediatamente a criticar e a anunciar uma tamanha revolução nas políticas ativas de emprego e de formação

profissional levadas a cabo pelo anterior Governo, PSD/CDS, criticando sempre as taxas de execução fiscal e

financeira apresentadas nestas medidas.

É um facto: este Governo do Partido Socialista negou qualquer contributo destas medidas na força anímica

que as empresas e os ativos empregados e desempregados obtiveram por esta via.