12 DE JUNHO DE 2017
27
milhares de trabalhadores de direitos fundamentais; não é a agenda do PCP que exige a reposição do princípio
do tratamento mais favorável.
O que exige a tomada de medidas agora não é a agenda do PCP, é a vida dos trabalhadores, é a sua
dignidade, é a necessidade urgente de repor direitos,…
Aplausos do PCP.
… é a necessidade de garantir, agora e já, a reposição de direitos fundamentais, porque estamos a tratar da
vida das pessoas. Não estamos a falar de agendas partidárias, estamos a falar da vida das pessoas. Por isso
mesmo, da parte do PCP, continuaremos, como até agora, a apresentar propostas que se traduzam na melhoria
das condições de vida dos trabalhadores e do povo.
É que, Srs. Deputados, sobre estas matérias da legislação laboral, o PCP tem muito orgulho em defender,
aqui, a parte mais fragilizada da relação de trabalho, que são os trabalhadores, e que o Código do Trabalho e a
Constituição consagram como a parte que precisa de maior proteção.
O PCP continuará a bater-se por estas matérias, porque, Sr. Presidente, no fim deste debate, é muito fácil
concluir de que lado estará o PCP. É que, em matéria de interesses, os trabalhadores sabem que podem esperar
tanto do CDS como os banqueiros deste País podem esperar do PCP.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — A Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes tinha manifestado
interesse em inscrever-se para pedir esclarecimentos, mas tal já não será possível, uma vez que a Sr.ª Deputada
Rita Rato esgotou o tempo para responder.
O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, para informar a Mesa que, uma vez que gostamos que o debate
seja produtivo e construtivo, daremos 1 minuto do nosso tempo para que a Sr.ª Deputada Rita Rato possa
responder à Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Assim será.
Peço aos serviços que façam o favor de transferir tempo para o PCP.
Assim sendo, tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Clara Marques Mendes.
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Rita Rato, de facto, parece-me
importante ouvir a opinião da Sr.ª Deputada e do seu partido relativamente ao que tem sido dito pelo seu Governo
e que foi ainda ontem dito pelo seu Ministro Vieira da Silva.
Disse o Sr. Ministro Vieira da Silva, a propósito da contratação coletiva, que há, efetivamente, uma
dinamização da contratação coletiva. Ora, esta dinamização da contratação coletiva — que o seu Ministro
reconheceu que ocorre —, não tendo sido feita ainda nenhuma alteração laboral, resulta, claramente, das
alterações que foram introduzidas pelo PSD/CDS ao Código do Trabalho.
A Sr.ª Maria das Mercês Soares (PSD): — Muito bem! É um facto!
O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Quais?
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Portanto, gostava de ouvir a opinião da Sr.ª Deputada quanto a
este facto relativamente ao qual os senhores foram desmentidos pelo vosso Ministro.
Tenho ainda uma outra questão, Sr.ª Deputada, relativamente à caducidade das contratações coletivas. A
Sr.ª Deputada continua a reclamar a caducidade das contratações coletivas. Portanto, Sr.ª Deputada, esclareça