7 DE JULHO DE 2017
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Protestos do Deputado do PSD Jorge Paulo Oliveira.
Isso, Srs. Deputados, é inegável. Ao discutimos hoje a Conta Geral do Estado de 2015, penso que seria uma
oportunidade para os Srs. Deputados do PSD e do CDS-PP, por uma vez e finalmente, assumirem que as suas
escolhas orçamentais…
Entretanto, reassumiu a presidência o Presidente, Ferro Rodrigues.
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Termino, Sr. Presidente.
Dizia, seria uma oportunidade para os Srs. Deputados de PSD e CDS assumirem que as suas escolhas
orçamentais destruíram a economia do País, destruíram direitos sociais, mas sem resolver nenhum dos
problemas estruturais com que Portugal se confrontava.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado do Orçamento.
O Sr. Secretário de Estado do Orçamento: — Sr. Presidente, Srs. Deputados, até 2015, tivemos um corte
drástico na despesa, um aumento brutal de impostos, a continuação do Procedimento por Défice Excessivo e
do processo de sanções.
A partir de 2016, saímos do Procedimento por Défice Excessivo, houve uma baixa da carga fiscal e o início
do reforço dos organismos e serviços públicos, mesmo excluindo as despesas com pessoal. Um exemplo: não
havendo cativações, nem no SNS, nem nas escolas, a saúde e a educação aumentaram 4% e a despesa 3%
este ano, ao contrário do que se verificou nos últimos anos em que aconteceu exatamente o oposto.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Apesar de se ter inscrito para intervir depois de ter sido dada a palavra ao Sr. Secretário
de Estado, tem a palavra o Sr. Deputado Cristóvão Crespo, para uma intervenção.
O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Secretário de Estado, Sr.
Deputado Paulo Trigo Pereira, muito estranho a sua intervenção, quando foi o próprio Sr. Deputado que
escreveu — não disse, escreveu — que, se o Tribunal de Contas não definisse as regras para os cortes na
função pública, não havia possibilidade de existir alguém que pudesse desempenhar a contento a função de
Ministro das Finanças. Portanto, muito estranhamos a sua intervenção, Sr. Deputado Paulo Trigo Pereira.
Mas, também, ressalta outro aspeto importante das intervenções dos Srs. Deputados. Tanto o Sr. Deputado
Paulo Trigo Pereira, como o Sr. Deputado Paulo Sá vieram falar da questão das recomendações, que são
importantes. Porém, fugiram aos resultados! Prestação de contas quer dizer resultados!
Srs. Deputados, temos a Conta Geral do Estado de 2016 que nos dá resultados! Dá-nos os resultados da
economia em 2015 e em 2016, por sinal, muito melhores em 2015 do que em 2016. Dá-nos resultados em
relação às exportações que aceleraram em 2015 e desaceleraram em 2016.
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Muito bem!
O Sr. Cristóvão Crespo (PSD): — Dá-nos resultados em relação à dívida da Administração Pública na ótica
de Maastricht, havendo menos 1,2 pontos percentuais na dívida, um decréscimo, que se cifrou em 129% do
PIB, voltando a crescer em 2016 para 130,4% do PIB.
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Muito bem!