I SÉRIE — NÚMERO 108
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É difícil, exige tempo e só a prazo produz resultados? Sim. Três vezes sim! É difícil, exige tempo e só a prazo
produz resultados mas muito mais difícil é deixar andar e muito mais tempo perderemos se mais tarde
começarmos.
Aplausos do PS.
Apelo, por isso, mais uma vez, ao esforço conjunto para consensualizar esta reforma estrutural para o futuro
do País.
E a melhor forma de dizermos «nunca mais» é lançarmos nestes sete concelhos martirizados pelos incêndios
de Pedrógão e Góis um projeto-piloto das políticas de revitalização do território e reordenamento florestal. Assim,
e para esse efeito, iremos deslocalizar para Pedrógão a Unidade de Missão para a Valorização do Interior, para
que, diretamente, no terreno o possa executar.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este debate sobre o estado da Nação é também um momento de
balanço geral e de antevisão do futuro do País.
Há cinco indicadores que marcam o último ano.
Primeiro e o mais importante, a prioridade das prioridades da nossa política económica, o emprego. São mais
de 175 000 os novos postos de trabalho criados desde o início de 2016 e a taxa de desemprego recuou para
9,5%, num contexto de aumento da população ativa.
Segundo, a decisiva criação de confiança nos agentes económicos. A confiança dos consumidores encontra-
se no valor mais alto de sempre e o clima económico atingiu máximos dos últimos 15 anos.
Terceiro, o investimento. O investimento, em volume, teve, no primeiro trimestre de 2017, o maior
crescimento homólogo dos últimos 18 anos e os indicadores avançados mostram a manutenção, ou mesmo a
aceleração, dos atuais níveis de crescimento.
Quarto, o crescimento da economia sustentado no emprego, no investimento e na confiança. Depois da
recuperação ao longo de 2016, o PIB atingiu, no primeiro trimestre deste ano, o maior crescimento desde o início
do século, retomando, finalmente, a convergência com a zona euro.
Quinto, pela primeira vez nos últimos 10 anos, o País cumpriu as metas orçamentais, registando o défice
mais baixo da nossa democracia e assegurando a saída do Procedimento por Défice Excessivo.
Aplausos do PS.
Sim, havia mesmo alternativa! E o Governo e a maioria cumpriram a alternativa com que se comprometeram.
Os bons resultados que temos alcançado não são fruto de um acaso; são os bons resultados que surgem das
boas políticas que soubemos adotar.
Afinal, não precisávamos de continuar a empobrecer nem a destruir os direitos laborais para que a exportação
de bens transacionáveis tenha tido, em maio, um crescimento homólogo de 15,4%.
Aplausos do PS.
Afinal, não precisávamos de aumentar a carga fiscal nem de cortar as pensões e os apoios sociais para
consolidar as nossas finanças públicas.
Pelo contrário, foi a nova política de rendimentos e a previsibilidade da diminuição da carga fiscal que gerou
confiança e foi o incentivo ao investimento e à qualificação dos trabalhadores que melhorou a nossa
competitividade.
Este é o caminho que temos de prosseguir para termos mais crescimento, melhor emprego, mais igualdade:
investir no conhecimento, na inovação e na dignificação do trabalho.
Aplausos do PS.