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13 DE JULHO DE 2017

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Como eu dizia, a Conta Geral do Estado mostra que o Governo pediu ao Parlamento autorização para gastar

10 047 milhões de euros com a saúde e, no final, veja bem, Sr. Ministro, gastou menos 331 milhões de euros.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem mesmo de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Ministro, é hoje a altura para responder: onde cortou? Onde

foram os cortes na saúde? Onde é que os portugueses ficaram sem serviços por causa das cativações?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Carla Cruz.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Ministro da Saúde, neste ano e meio, e com esta nova

correlação de forças na Assembleia da República, confirmou-se a derrota da ideia difundida por PSD e CDS de

que não havia alternativa à política dos cortes e do empobrecimento.

Protestos do Deputado do CDS-PP João Pinho de Almeida.

Confirmou-se, sobretudo, que é com a devolução de direitos e o aumento de salários e rendimento que se

faz o caminho de desenvolvimento e progresso do País.

Porém, as consequências de décadas de política de direita marcam ainda a grave situação na área da saúde

e na acessibilidade dos utentes ao Serviço Nacional de Saúde,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — … designadamente: lista de espera para consultas de especialidade e realização

de exames complementares de diagnóstico ou tratamentos que não respeitam os tempos máximos garantidos;

tempos demasiado longos de atendimento nos serviços de urgência; mais de 850 000 utentes sem médico de

família,…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Então, não o garantiram?

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — … tendo as famílias portuguesas de pagar diretamente dos seus bolsos

montantes muito elevados, comparativamente a outros países europeus.

Protestos da Deputada do PSD Ângela Guerra.

Apesar de terem sido dados passos positivos, como a redução das taxas moderadoras, as alterações no

transporte não urgente de doentes e a redução do número de utentes sem médico de família, é preciso, e é

possível, ir mais longe.

Sr. Ministro, as graves consequências da política de direita durarão…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sempre!

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — … tanto mais tempo quanto mais tarde se fizer a rotura com as opções que estão

na sua origem.

É preciso romper com a privatização e a destruição do Serviço Nacional de Saúde e tomar medidas para

debelar os problemas de acessibilidade dos utentes.

Protestos da Deputada do PSD Ângela Guerra.