I SÉRIE — NÚMERO 108
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Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para responder a este conjunto de pedidos de esclarecimento, tem,
agora, a palavra o Sr. Ministro da Saúde.
O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, começaria por responder à Sr.ª Deputada Luísa Salgueiro, para
lhe referir a questão das políticas orientadas para um acesso universal garantido, em condições que permitam
que, sobretudo, os mais pobres e carenciados possam ter acesso a cuidados de saúde de qualidade.
Aplausos do PS.
Sr.ª Deputada, dois anos não é muito tempo, mas é tempo suficiente — e, agora, se me permite, na resposta
que dou à Sr.ª Deputada, respondo parcialmente ao Sr. Deputado Miguel Santos — para que não façamos
usurpação política e muito menos façamos usurpação da realidade.
Ora, tenho muito respeito pelo Dr. Paulo Macedo, pessoa que conheço pessoalmente há muitos anos, mas
não confundo relações pessoais com aspetos políticos. Basta perguntar às Farmácias de Portugal e às
Farmácias Portuguesas o que foi o «consulado» do Dr. Paulo Macedo.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — É, é! Pergunte lá o que é agora!
O Sr. Ministro da Saúde: — Basta perguntar o que foram as dificuldades dos doentes oncológicos no
Governo anterior, no transporte não urgente de doentes, o que foi o congelamento da inovação terapêutica.
Sr. Deputado Miguel Santos, francamente, vir dizer que as consultas as cirurgias feitas este ano, em 2017,
são obra do Dr. Paulo Macedo… Eu sei que ele merece todos os elogios que lhe possa fazer,…
O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Muito bem!
O Sr. Ministro da Saúde: — … mas confesso que é manifestamente exagerado.
Aplausos do PS.
O Sr. Deputado Moisés Ferreira levantou a questão de as políticas serem parecidas ou equivalentes. Creio
que nessa sua observação há um certo grau de injustiça a que eu gostaria, de facto, de responder.
Sr. Deputado Moisés Ferreira, há opções políticas muito diferentes, nomeadamente a diferença entre ter
mais 4000 profissionais hoje do que há dois anos. É uma opção política diferente muito relevante!
Aplausos do PS.
Significa que — e é preciso que os portugueses percebam que o discurso tem de colar com a realidade e
com a verdade dos factos — não temos condições para responder a todos os problemas ao mesmo tempo e
temos de começar por aquilo que é essencial. E o essencial é retirar o SNS dos mínimos em que se encontrava
em 2015, sem pessoas, sem capacidade de resposta.
Pergunto, nomeadamente às bancadas da direita, quando falam nesta nova austeridade, nesta austeridade
especial que nós estaremos a praticar, quantos serviços públicos de saúde foram fechados nestes últimos dois
anos e quantos foram fechados no vosso tempo.
Aplausos do PS.