I SÉRIE — NÚMERO 108
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O Sr. Carlos César (PS): — Ao invés, o investimento subiu, o emprego aumentou, o crescimento é uma
constante na economia e o valor do défice é saudado por todas as instituições europeias.
Nem de propósito, a Universidade Católica acaba de rever em alta, uma vez mais, a previsão do crescimento
económico no que descreve como um ciclo inequívoco.
Aplausos do PS.
E conseguimos tudo isso, remando contra a oposição que queria mais cortes nas pensões, que vozeava
contra a subida de salários e que ainda aponta, com desprezo, o que dizem ser «clientelas do Governo», quando
tratamos de temas como a igualdade de género ou quando falamos das crianças, dos desempregados e das
famílias a quem aumentámos os apoios sociais e ajudámos a recuperar uma dignidade mínima.
Aplausos do PS.
Conseguimos tudo isso, tal como invertemos ou, pelo menos, contivemos a espiral de desinvestimento em
serviços e sistemas públicos da República que atuam em áreas essenciais para a coesão social e a qualidade
do Estado.
É bom lembrar, por exemplo, que, entre 2010 e 2015, a despesa total com o setor da defesa baixou 1600
milhões de euros, que a Proteção Civil sofreu uma quebra no investimento de perto de 50% e que, com o
Governo PSD/CDS, houve uma diminuição em perto de 3000 milhões de euros na despesa pública com a
educação e de 2100 milhões de euros na saúde.
Aplausos do PS.
É verdade que, muitas vezes, a proficiência é mais importante que os meios, mas é bom lembrar que, nesses
mesmos setores, com o atual Governo, e sem quaisquer cativações, disponibilizamos mais verbas para a Lei de
Programação Militar, para a Autoridade Nacional de Proteção Civil, para os estabelecimentos de educação e
para as unidades de saúde.
Conseguimos tudo isso e ainda mais, com o apoio dos partidos da esquerda, com quem temos trabalhado.
Com eles partilhamos o entusiasmo por uma mudança mais intensa e deles não nos distinguimos por menor
ambição.
Continuaremos a trabalhar para cumprir o Programa do Governo, garantir a estabilidade política e social,
ativar a economia, melhorar a proteção social e a confiança dos portugueses e das entidades externas no
presente e no futuro de Portugal.
Aplausos do PS.
Sr.as e Srs. Deputados, que balanço podemos fazer desde que, há um ano, neste Parlamento e,
precisamente, neste debate, a candidata a líder da oposição trouxe o que chamou «auxílios», em forma de sete
cartazes, para que, dizia, todos pudessem ver muito bem qual é a nossa realidade?!
O Sr. Primeiro-Ministro já lembrou, ao de leve, esses arroubos cenográficos de então.
Lembram-se do primeiro cartaz de Assunção Cristas? Vou lembrar: era a acenar com a diminuição do
emprego!
Risos do PS.
Protestos do CDS-PP.
A realidade, felizmente, é a inversa! Temos cerca de mais 170 000 empregos, 264 empregos líquidos criados
por dia e a taxa de desemprego mais baixa dos últimos oito anos.
Aplausos do PS.