13 DE JULHO DE 2017
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Sabemos que os êxitos que alcançamos não nos devem desviar da atenção e da necessidade de
desenvolvermos a nossa ação com humildade, com a consciência das inquietudes, das dificuldades e dos
desafios que coabitam num País ainda sujeito a significativas restrições financeiras.
Os desafios são muitos: desde os que se prendem com a melhoria da sustentabilidade da economia às
perspetivas de preparação do próximo quadro europeu pós-2020; desde o robustecimento do setor bancário à
continuação da melhoria da eficiência no setor judiciário ou à descentralização político-administrativa; desde a
recuperação do défice de qualificação dos portugueses ao combate ao desemprego jovem e de longa duração;
desde o valor das pensões e dos rendimentos do trabalho à reposição dos níveis de acesso aos bens e serviços
públicos básicos afetados nos anos da governação anterior, especialmente nos domínios da habitação e da
saúde.
De igual modo, a reforma florestal, que o Governo iniciou em outubro passado e que este Parlamento ainda
tem em apreciação, é um instrumento estrutural essencial para conter a prazo a incidência e dimensão dos
fogos, que continuarão, todavia, no atual contexto, a fustigar, infelizmente, Portugal. É, também, na ótica do PS,
uma reforma absolutamente determinante na qual todos se devem responsabilizar.
Aplausos do PS.
Mas há uma verdade que não conflitua com a necessidade de vencer esses desafios: recebemos, no final
de 2015, um País fragilizado, com os empresários desmoralizados e as famílias destroçadas por uma
austeridade ingrata, improdutiva e desumana, e temos hoje um Portugal com os índices de confiança dos
cidadãos e na economia nos máximos de há décadas, mostrando, assim, a qualidade e o sucesso da
governação do Partido Socialista.
Aplausos do PS.
Não estamos isentos de erros e de omissões, próprios da natureza humana e das exigências governativas,
mas estamos sempre prontos para os corrigir. Não estamos isentos de contrariedades e de acontecimentos
funestos, como os dos recentes incêndios que deceparam vidas, causaram muitas intranquilidades entre os
portugueses e destruíram economias locais, mas saberemos, estou certo, reconstruir o que é possível, devolver
a normalidade e fazer uma reabilitação exemplar.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Que balanço podemos fazer desde que, há um ano, neste Parlamento
e, precisamente, neste debate, o líder do PSD bradava: «o investimento está a cair a pique!»,…
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — É verdade, caiu!
O Sr. Carlos César (PS): — … «o emprego ou estagna ou destrói-se!», «o crescimento tem menos vigor do
que antes!», «exacerbámos riscos orçamentais!», «o País está a andar para trás!»?
O Sr. Pedro Passos Coelho (PSD): — Pois está!
O Sr. Carlos César (PS): — O balanço é, felizmente, o fiasco dessas premonições do Deputado Passos
Coelho.
Aplausos do PS.
Protestos do Deputado do PSD Pedro Passos Coelho.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Não o irritem mais!