I SÉRIE — NÚMERO 109
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votos de pesar — seguramente que todos o fizemos consciente e convictamente — que aqui apresenta e ser
célere a retirar essas mesmas consequências.
É este apelo que aqui deixo. Creio que é importante que assim seja. Prestigiaremos, com isso, o trabalho
parlamentar e legislativo, que é o de acudir o mais rapidamente possível às verdadeiras tragédias que todos
lamentamos.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, dá-me licença que use da palavra?
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. João Oliveira (PCP): — Para uma interpelação à Mesa sobre a condução dos trabalhos, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Faça favor.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr. Presidente, é apenas para dizer que estamos a discutir um texto que
substitui os três projetos de lei que estavam agendados e que, naturalmente, está à subscrição de todos os
outros grupos parlamentares. Nenhum dos subscritores se oporá a isso e, portanto, é possível ser subscrito por
unanimidade para poder ser votado nessas condições.
O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Muito bem!
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Agradeço a sua observação, Sr. Deputado.
Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Júlia Rodrigues.
A Sr.ª JúliaRodrigues (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Reafirmamos a importância que o
Grupo Parlamentar do Partido Socialista dá no apoio às vítimas. É unânime a posição deste Parlamento e do
Governo na importância do apoio às vítimas.
Estamos disponíveis para votar na generalidade, de modo a que se possa fazer a devida análise e
coordenação com as medidas já executadas e em execução pelo Governo em sede de especialidade.
Medidas na área da saúde, da habitação, do apoio social e também da reposição do potencial produtivo já
estão no terreno. Ou seja, existem já iniciativas legislativas deste Governo, que está a trabalhar nos concelhos
afetados.
A Comissão Técnica Independente já está a trabalhar e só em função dos resultados obtidos é que podemos
apurar responsabilidades; e só depois de terem sido apuradas as responsabilidades é que podemos aferir o
eventual modelo de indemnização. A discussão terá de ser feita com base em documentos rigorosos e com
base noutros que estão a ser preparados.
Antes de qualquer processo, teremos de apurar responsabilidades, como todos os grupos parlamentares
concordarão.
Vozes do PS: — Muito bem!
A Sr.ª Júlia Rodrigues (PS): — Antecipar o conhecimento rigoroso dessas responsabilidades não é apenas
imprudência, Sr.as e Srs. Deputados, é também demagogia. Para isso, não contem connosco.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.