8 DE SETEMBRO DE 2017
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de Segurança da Organização das Nações Unidas e da comunidade internacional, e apela a uma forte sanção
internacional contra as ações militares que colocam em perigo a segurança e a paz.
O Sr. Presidente: — Vamos proceder à votação do voto n.º 371/XIII (2.ª) — De solidariedade — Reafirma a
solidariedade à comunidade portuguesa na Venezuela e apela ao diálogo entre os venezuelanos (PSD).
A pedido do PCP, vamos votar, em primeiro lugar, os pontos 1 e 2 e, depois, o ponto 3.
Começamos, então, por votar em conjunto os pontos 1 e 2.
Submetidos à votação, foram aprovados por unanimidade.
Vamos votar o ponto 3.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do BE, do CDS-PP e do PAN e votos
contra do PCP e de Os Verdes.
O voto é o seguinte:
Ao longo dos últimos meses assistiu-se, com uma preocupação crescente, ao aumento da crise política,
económica e social na Venezuela, com fortíssimos efeitos nas condições de vida dos setores mais frágeis da
respetiva sociedade.
As tentativas de diálogo entre o Governo venezuelano e os diversos setores da oposição foram fracassando,
tendo como corolário a realização de eleições para uma nova Assembleia Constituinte, cuja legitimidade não é
aceite pela generalidade da comunidade internacional e por largos setores da sociedade venezuelana.
Por tudo isto, verifica-se um significativo agravamento da vida da grande maioria dos venezuelanos, faltando
bens essenciais, aumentando a insegurança e degradando-se gravemente o nível dos serviços de saúde e de
proteção aos idosos e aos mais carenciados.
A comunidade portuguesa tem sido, igualmente, fortemente afetada por esta situação, tendo-se assistido a
um grande aumento daqueles que decidiram fixar-se em Portugal e em outros países da América e da Europa.
Por tudo isto, a Assembleia da República decide:
1 — Reafirmar a sua total solidariedade à comunidade portuguesa na Venezuela pelas graves dificuldades
que continua a atravessar no contexto da gravíssima crise que ali se vive;
2 — Recomendar ao Governo português o aumento da eficácia dos mecanismos de apoio aos portugueses
que permanecem na Venezuela e àqueles que se têm vindo a fixar em Portugal e que sabemos que lutam com
fortíssimas dificuldades de integração e adaptação;
3 — Apelar ao Governo venezuelano que retome o diálogo com a oposição, eliminando todos os fatores que
o condicionem e criando condições para uma grande reconciliação entre todos os venezuelanos.
O Sr. Presidente: — Segue-se a votação do voto n.º 372/XIII (2.ª) — De condenação e solidariedade com a
situação dos presos de consciência na Venezuela (CDS-PP).
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favordo PSD, do PS, do BE e do CDS-PP, votos contra do
PCP e de Os Verdes e a abstenção do PAN.
É o seguinte:
Desde abril, a crise política na Venezuela já causou a morte de mais de 100 pessoas e mais de 1400 foram
feridas, segundo dados oficiais.
Ao longo deste ano, a crise económica e social foi agravando os protestos que tiveram como resposta uma
escalada do confronto político, com a eleição de uma Assembleia Constituinte que tomou para si todos os
poderes legislativos, nomeadamente os da eleita Assembleia Nacional. Também o exercício do poder judicial
foi condicionado, incluindo ameaças e confrontos que levaram ao exílio a Procuradora-Geral e elementos do
Ministério Público.