I SÉRIE — NÚMERO 110
28
Reafirma a urgência da abolição das armas nucleares de forma simultânea e controlada e a sua não
proliferação e do empenho do Estado português em prol da concretização deste objetivo, em consonância com
o princípio do desarmamento geral estabelecido na Constituição da República Portuguesa;
Pugna pelo desenvolvimento de iniciativas que, no respeito dos princípios da Carta da ONU, tenham em vista
a desmilitarização da península da Coreia e a sua reunificação pacífica, reconhecendo ao povo coreano o direito
à paz e contribuindo para o desanuviamento nesta região.
O Sr. Presidente: — Vamos votar o voto n.º 381/XIII (2.ª) — De condenação pelas ações militares da Coreia
do Norte (BE).
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do BE, do CDS-PP, de Os Verdes e do PAN,
votos contra do PCP e a abstenção do PS.
É o seguinte:
A Coreia do Norte intensificou as suas ações militares nas últimas semanas, onde se inclui o teste de uma
arma nuclear e o lançamento de um míssil balístico em direção ao mar do Japão.
Estas ações da Coreia do Norte concorrem para a crescente instabilidade e tensão regionais e representam
o reforço de uma corrida ao armamento absolutamente condenável.
A situação internacional tem-se tornado mais instável, com os Estados Unidos da América a responder às
provocações da Coreia do Norte com novas provocações e ameaças militares. A situação escalou gravemente
no período recente.
O caminho belicista tem na crise recente o último episódio, mas há mais motivos de preocupação à escala
global. No primeiro semestre do presente ano já tinha sido anunciada pelos Estados Unidos da América e pela
Rússia a vontade de desvinculação dos acordos internacionais para o desarmamento nuclear.
Aliás, num momento em que ainda se encontra por implementar o Tratado de Não Proliferação de Armas
Nucleares, a intenção de renovar e até de criar novo armamento nuclear é inaceitável e não pode passar sem
crítica, seja qual for o Estado em causa.
Assim, a Assembleia da República, reunida em Comissão Permanente, condena o teste nuclear e o
lançamento de um míssil balístico realizados pela Coreia do Norte, rejeita a corrida internacional ao armamento,
afirma a necessidade de um compromisso global pelo desarmamento nuclear e apela à implementação do
Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
O Sr. Presidente: — Passamos à votação do voto n.º 385/XIII (2.ª) — De condenação pelos testes de mísseis
balísticos e termonucleares realizados pela Coreia do Norte (CDS-PP).
Submetido à votação, foi aprovado, com votos contra do BE e do PCP e votos a favor do PSD, do PS, do
CDS-PP, de Os Verdes e do PAN.
É o seguinte:
Mais uma vez, a República Democrática da Coreia colocou o mundo numa crescente crise de risco nuclear
ao testar, inclusive sobre o espaço da República da Coreia e do Japão, mísseis balísticos, possivelmente
intercontinentais, além de ter realizado uma detonação de engenho termonuclear, a mais poderosa e perigosa
até agora.
O conflito da península coreana, que preocupa a comunidade internacional, passou agora para um nível que
leva à forte condenação mundial das ações realizadas pelo regime de Pyonyang, colocando irresponsavelmente
em risco a vida de milhões de pessoas, a sua própria população, países amigos como a República da Coreia e
o Japão e a segurança global.
Reunida em Comissão Permanente, a Assembleia da República condena os testes de misseis balísticos,
assim com os testes termonucleares, realizados pela República Democrática da Coreia, em desafio do Conselho