I SÉRIE — NÚMERO 35
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Um dos aspetos mais importantes, no que diz respeito à prevenção, prende-se com a obesidade infantil,
questão que aqui também já foi abordada, e que afeta cerca de 11,7% das crianças portuguesas, sendo que
30,7% destas já têm excesso de peso.
É urgente atuar junto das crianças para prevenir o aumento da diabetes.
O Sr. FilipeLobod'Ávila (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª TeresaCaeiro (CDS-PP): — Como aqui já foi referido, há que fazer mais e melhor pela diabetes.
Portanto, se há já dispositivos, como aqueles que são referidos nesta petição, que permitem mais qualidade
de vida, uma melhor e mais adequada monitorização e um tratamento mais fácil, há que assegurar que o
Governo promova junto das autoridades adequadas, nomeadamente do Infarmed, o acesso a estes dispositivos
pela maior parte da população com a doença diagnosticada.
Saudamos o facto de já ter havido, desde novembro de 2017, um acordo para uma maior comparticipação,
85%, no que respeita aos doentes com diabetes do tipo 1, designadamente crianças com mais de 4 anos.
Entendemos que este já foi um passo, mas deve continuar a haver uma avaliação, em termos de custo-
benefício, para que a comparticipação seja alargada a um maior número de pessoas.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Tem de terminar, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª TeresaCaeiro (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente, dizendo que, se nos congratulamos já com
este alargamento em termos de comparticipação, também entendemos que deve haver um esforço para que
todos os medicamentos e todos os dipositivos representem uma maior capacidade de autogestão e de
monitorização para os diabéticos. Esta é, certamente, uma cruzada que todos devemos apoiar.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís
Graça.
O Sr. LuísGraça (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Parece que é a mim que cabe a
oportunidade de trazer boas notícias ao Parlamento. Hoje, é um dia de boas notícias, desde logo para os
peticionários, a quem saúdo duplamente. Saúdo-os pela atitude cívica que os levou a reunir mais de 12 000
assinaturas e saúdo-os também pela oportunidade da petição, cuja discussão surge no exato dia — que
magnífica coincidência! — em que o Governo publica a portaria que fixa o valor máximo do sensor para
determinação da glicose intersticial e garante a comparticipação do Estado em 85% para a sua aquisição.
Aplausos do PS.
É uma boa notícia para todos, incluindo para o PCP e para Os Verdes, que apresentaram projetos de
resolução, que prova que o Governo, se não anda à frente, anda pelo menos a par da preocupação dos doentes.
Portanto, este é um dia de boas notícias para os portugueses e, em particular, para os portugueses com
diabetes tipo 1, que têm, a partir de hoje — a portaria foi hoje publicada e produz efeitos a partir do dia 8 de
janeiro —, acesso a um equipamento dispendioso, que custa 53 euros, por apenas 15% do seu valor comercial.
Esta medida é particularmente relevante porque este novo dispositivo médico dispensa a picada, dispensa a
intrusão de uma agulha no corpo, elimina dor, muitas vezes dor diária e particularmente traumática quando
pensamos em crianças e jovens.
A comparticipação em 85% deste novo dispositivo médico também nos merece uma palavra de saudação
para o Governo e para o Ministério da Saúde, que demostram, mais uma vez, preocupação e empenho na
valorização do Serviço Nacional de Saúde, na aposta continuada na inovação e na melhoria da qualidade de
vida e de conforto dos portugueses.