I SÉRIE — NÚMERO 38
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A Sr.ª Secretária (Idália Salvador Serrão): — Sr. Presidente, o voto é do seguinte teor:
«É com sentida tristeza que os Deputados à Assembleia da República assinalam o falecimento de Madalena
Iglésias.
Nascida em Lisboa, em 1939, e com estudos na Escola de Canto, cedo abraçou a carreira musical.
Ainda não tinha chegado aos 20 anos e já atuava na televisão e na Emissora Nacional.
Foi também cedo que abandonou a carreira musical a tempo inteiro. A vida familiar levou-a para a Venezuela,
onde só esporadicamente atuou.
Madalena Iglésias foi sem dúvida um dos grandes nomes da canção portuguesa dos anos 60 e um símbolo
da cultura popular.
Representou Portugal em inúmeros festivais, perdurando na memória coletiva a sua vitória no Festival RTP
da Canção de 1966, com Ele e Ela, de Carlos Canelhas.
Reunida em sessão plenária, a Assembleia da República manifesta à família e aos amigos de Madalena
Iglésias o seu mais profundo pesar».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto n.º 468/XIII (3.ª), que acaba de ser
lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, na sequência dos votos de pesar que acabámos de aprovar, vamos guardar 1 minuto de
silêncio.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Sr.as e Srs. Deputados, passamos ao voto n.º 466/XIII (3.ª) — De congratulação pelos 700 anos da Marinha
Portuguesa (Deputados da Comissão de Defesa Nacional).
Peço ao Sr. Secretário António Carlos Monteiro o favor de proceder à leitura do voto.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, o voto é do seguinte teor:
«Em 1317 o rei D. Dinis outorgou em Santarém, através de um diploma régio, o título de Almirante do reino
de Portugal ao genovês Manuel Pessanha. Não seria apenas mais um almirante, seria o Comandante das forças
navais com a incumbência de dar corpo ao almirantado, concedendo-lhe os meios e o poder jurisdicional sobre
as questões do mar. Este documento, celebrado há 700 anos, tem sido considerado a certidão de nascimento
da Marinha Portuguesa.
D. Dinis, consolidadas as fronteiras terrestres, reconheceu nas fronteiras marítimas a grande fragilidade do
reino e, ao confiar a Manuel Pessanha a missão de defender os portos e os navios em alto mar, assegurou a
defesa do litoral e a segurança das rotas comerciais entre o Mediterrâneo e o Atlântico Norte e reforçou a
visibilidade em relação aos inimigos. Mas também é imperioso reconhecer-lhe a visão estratégica que elevou
Portugal a potência naval e abriu o caminho do mar e do futuro, como expressão concreta dos desígnios
nacionais.
A partir daí, todos os feitos que moldaram Portugal enquanto nação têm como ator principal ou interveniente
fundamental a Marinha Portuguesa.
Num tempo de mudanças globais constantes, a Marinha mantém-se uma referência perene na defesa dos
interesses de Portugal, mas ao mesmo tempo um exemplo de adaptação e de abertura à nova abordagem dos
oceanos, da segurança nacional, da manutenção da paz e das ações de carácter humanitário.
A Assembleia da República congratula-se deste modo com a comemoração dos 700 anos da Marinha
Portuguesa, realçando o seu histórico e determinante papel na defesa do País e na configuração da nação que
Portugal é hoje, não esquecendo os homens e as mulheres que, abnegadamente, tornaram possível a
concretização de tais desígnios ao longo dos últimos sete séculos».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, passamos à votação do voto n.º 466/XIII (3.ª), que acabou de ser lido.