2 DE FEVEREIRO DE 2018
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Como dizia, mais uma vez, o Sr. Primeiro-Ministro procurou, nos descontos, tentar igualar aquilo que não
conseguiu durante o debate.
Aplausos do PSD.
Protestos do PS.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista, tem a palavra,
para formular perguntas, o Sr. Deputado António Sales.
O Sr. António Sales (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados,
Sr. Primeiro-Ministro, 2017 foi um ano de reafirmação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) como principal
instrumento da política de saúde ao serviço dos cidadãos. Fundamentalmente, através do reforço do
financiamento público; da promoção da equidade territorial; do alargamento e proximidade da oferta de serviços;
do desenvolvimento e modernização dos seus recursos operacionais, humanos e técnicos.
Sabemos como estava o Serviço Nacional de Saúde que encontrámos em 2015 e sabemos o caminho que
percorremos até chegar aos dias de hoje.
Aplausos do PS.
Em 2016 e em 2017, o Governo adotou uma política de recursos humanos baseada em critérios de
planeamento de necessidades; defendeu e reforçou, no âmbito do previsto debate e revisão da Lei de Bases da
Saúde, a matriz constitucional da organização da prestação de cuidados, assente na centralidade do SNS;
atribuiu médico de família a mais de 500 000 cidadãos; e reforçou o compromisso de cobertura integral até final
da Legislatura.
Sr. Primeiro-Ministro, 2016 e 2017 foram anos de devolução de esperança aos portugueses.
Em 2015, Portugal ocupava o 20.º lugar no ranking de serviços de saúde europeus, entre 35 países. Em
2017, Sr.ª Deputada — e não em 2014 —, e de acordo com o recente Health Consumer Index, Portugal está
hoje no 14.º lugar, à frente de países como o Reino Unido, a Espanha, a Itália ou a Irlanda.
Aplausos do PS.
Portugal tem nota muito positiva em indicadores como: o envolvimento dos doentes nas decisões; o acesso
à terapêutica oncológica; a mortalidade infantil; os transplantes renais e diabéticos controlados; a redução da
mortalidade antes dos 65 anos.
O desempenho do SNS, avaliado internacionalmente, demonstrou, uma vez mais, excelentes resultados em
função da competência dos profissionais, da organização dos serviços e das políticas de saúde.
Mas, Sr. Primeiro-Ministro, claro que precisamos de melhorar. Precisamos de melhorar no acesso ao médico
de família no próprio dia, no acesso direto a um especialista, na percentagem de infeções hospitalares, nos
tempos de espera de exames complementares, nas taxas de cesarianas, nos tempos de espera para cirurgia
programada.
Olhar com humildade democrática para o que nos falta fazer é olhar para o futuro com uma nova exigência,
uma nova ambição e um novo compromisso.
Vozes do PS: — muito bem!
O Sr. António Sales (PS): — Sr. Primeiro-Ministro, sabemos que esta oposição olha para a saúde com uma
visão económico-liberal. Nós olhamos para a saúde com uma visão económico-social.
Aplausos do PS.