I SÉRIE — NÚMERO 48
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recuperámos, na segunda metade de 2016, antecipando, como salientou o Ministro das Finanças, a aceleração
da economia europeia e crescendo mais do que a média da zona euro.
E agora os dados divulgados para 2017 pelo INE reforçam essa tendência com mais investimento e com
mais exportações.
É, já se sabe, com este Governo — sim, com este Governo e não com outro Governo! — que o investimento
e a confiança dos empresários mais se manifestou, atingindo o maior aumento dos últimos 10 anos: três vezes
mais do que a zona euro e acima do crescimento da Alemanha, da França, da Espanha, da Holanda, da Áustria
e de outros.
O crescimento económico alcançado coloca o País no regresso à convergência, 17 anos depois — 17 anos
depois! —, com o Governo do Partido Socialista, apoiado pelos partidos da esquerda parlamentar, com um
Governo que a direita diabolizou.
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, espero contar com uma tolerância de tempo equivalente à de um partido que não foi a votos
e que tem menos de um quinto dos Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista.
Sr. Primeiro-Ministro, para a oposição, os méritos são sempre do alheio. À oposição, agora, parece restar
também a difusão da ideia de que se trata de «sol de pouca dura». O PS está convencido de que o trajeto de
convergência iniciado no ano passado manter-se-á neste ano. Mas não devemos menosprezar, Sr. Primeiro-
Ministro, por exemplo, a fragilidade que representa o elevado endividamento público.
Sr. Primeiro-Ministro, o que importa agora aqui dizer é que nós aprendemos com os desequilíbrios
orçamentais do passado e temo-lo provado com a redução continuada do défice e da dívida pública, a maior
redução de dívida dos últimos 20 anos.
O PSD, esse sim, devia estar preocupado, não com os resultados e as contas deste Governo, já não com os
quatro anos em que ia afogando as famílias portuguesas e fechando milhares e milhares de empresas,…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos César (PS): — … já não com a terrível herança que nos deixou na banca, mas, sim, com o
único Governo do PSD que resta em Portugal, o da Madeira, onde, uma vez mais, conforme demonstra o
Relatório de Execução de 2017, atinge um défice orçamental de, pelo menos, sete vezes superior ao do Governo
socialista dos Açores, voltando a afetar negativamente as contas públicas e deixando aos outros faturas para
pagar.
Aplausos do PS.
Protestos do Deputado do PSD Duarte Filipe Marques.
Sr. Primeiro-Ministro, é sobre a falta de compromisso do PSD com o País…
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos César (PS): — … e sobre o compromisso de relançarmos a economia e melhorarmos o
rendimento das famílias, cuidando das finanças públicas, que o questiono no final deste debate.
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.