I SÉRIE — NÚMERO 49
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Protestos do PS e do BE.
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — E começámos há mais tempo!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Mas ainda assim lhes daremos razão, porque, de facto, há 700 000
utentes com falta de médico de família. É evidente que faltam médicos especialistas e esta é uma realidade que
não interessa quem denuncia primeiro. É uma realidade que existe, que a oposição denuncia e que, pelos vistos,
um parceiro do Governo também denuncia.
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — E quantos médicos tinha antes deste Governo?! Quantos médicos faltavam?! É
ao contrário do que diz!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Esperava que o Governo, pelo menos, dissesse qual é a solução e não
brincasse ou não zombasse com a matéria.
Depois, o Partido Comunista Português apresenta-nos, aqui, dados dizendo: «há escassez de
financiamento»! Mas votam a favor do Orçamento.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Termino já, Sr. Presidente.
Há insuficiência de financiamento, mas votam a favor do Orçamento. No ensino superior, o financiamento
nem sequer chega para cobrir a gestão corrente, mas votam a favor do Orçamento.
A Sr.ª Vânia Dias da Silva (CDS-PP): — Ora bem!
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem mesmo de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Srs. Deputados, é como diz o outro: olhem para o que eu digo, não olhem
para o que eu voto!
O Sr. Jorge Machado (PCP): — Você é um desastre! Está a afundar o País!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Essa responsabilidade é vossa, não é nossa.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Heitor de
Sousa.
O Sr. Heitor Sousa (BE): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Queremos,
em primeiro lugar, saudar a iniciativa do PCP em trazer a debate a situação dos serviços públicos de
comunicações e transportes e, por isso, quisemos, nas nossas intervenções, aprofundar alguns temas e lançar
algumas questões a este debate.
O Bloco de Esquerda considera que a oferta pública de transportes de qualidade, cómodos, rápidos,
integrados, acessíveis e baratos é uma função central do Estado e que a democratização do acesso à mobilidade
é o seu desígnio.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Queira terminar, Sr. Deputado.