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24 DE FEVEREIRO DE 2018

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O Sr. Ministro da Saúde (Adalberto Campos Fernandes): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Vales, registo

com muito interesse as suas questões e, se me permite, faço um apelo à sua própria memória.

A Sr.ª Elza Pais (PS): — Muito bem!

O Sr. Ministro da Saúde: — Valeria a pena que, quando fizesse uma listagem tão exaustiva e em detalhe

como a que fez, o Sr. Deputado fizesse o mesmo exercício em relação ao tempo do Governo que nos antecedeu,

que o Sr. Deputado apoiava,…

Aplausos do PS.

O Sr. Luís Vales (PSD): — E faço!

O Sr. Ministro da Saúde: — … e verificasse qual era o valor médio dos tempos máximos de resposta

garantidos nesse tempo, nesses hospitais e nessas categorias que referiu.

Mas, Sr. Deputado, sabe o que é que se faz para não haver listas de espera muito grandes nem degradar

muito os tempos?

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Apagam-se as listas!

O Sr. Ministro da Saúde: — Não se fazem primeiras consultas, Sr. Deputado. E sabe quantas primeiras

consultas a mais foram feitas nos últimos anos? Foi mais 1 milhão de consultas, entre 2011 e 2017.

Naturalmente, hoje, temos muito mais primeiras consultas e, por isso, temos mais gente inscrita para

cirurgias. Mas sabe qual é a grande novidade, Sr. Deputado? É que operámos muito mais doentes do que os

que eram operados no tempo do seu Governo e temos muito mais doentes em primeiras consultas nos hospitais.

Portanto, Sr. Deputado, para concluir a resposta à sua pergunta, deixo uma nota final. Diz o povo que «o que

os olhos não veem, o coração não sente». Ora, sem um portal de transparência e sem a partilha objetiva da

informação como ela existe hoje, o que existia no tempo anterior era opacidade, que agora é substituída pela

transparência.

Aplausos do PS.

Quanto ao concurso, Sr. Deputado, talvez possamos arrumar esta questão, desde já, e responder à sua

pergunta, dizendo-lhe, em primeiro lugar, que, politicamente, houve um atraso que lamentamos e que

preferíamos que não tivesse acontecido.

A segunda informação que gostaria de transmitir à Câmara é que o despacho relativo ao concurso para os

jovens médicos especialistas será publicado na próxima semana.

Já agora, quanto ao concurso, queria esclarecer um aspeto relativamente ao qual me parece haver alguma

confusão: os médicos que vão a concurso estão no SNS, não estão fora do SNS.

Aplausos do PS.

A questão é que estes médicos têm, efetivamente, um vínculo diferente, mas já deveriam ter o vínculo

contratual de assistentes e já deveriam estar a ser remunerados como tal.

Tratamos, portanto, de vínculo e de remuneração e não vale a pena estarem a enganar os portugueses e a

dizer que estes médicos estão fora, não dentro, do Serviço Nacional de Saúde.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem ainda a palavra o Sr. Deputado Luís Vales.