O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 60

16

a especialização. E na especialização há algo que é absolutamente essencial, como resulta do relatório da

Comissão Técnica Independente, que é termos as forças especializadas em enfrentar as chamas e as forças

especializadas em proteger e socorrer as pessoas e os seus bens. Esta distinção é muito importante para, num

cenário de catástrofe como aquele que vivemos, podermos ter uma resposta mais eficaz. É este o modelo que

está a ser desenhado e é este o modelo que iremos implementar ao longo dos próximos anos.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem, ainda, a palavra a Sr.ª Deputada Assunção Cristas.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, podemos, então, concluir que

há uma preocupação clara e diferenciada em tratar do socorro e do resgate às vítimas?! É que isso é muito

importante para que não volte a acontecer o que aconteceu e que só agora ficou claro. Já sabíamos que, durante

duas horas, não houve combate ao fogo, não houve nenhum meio aéreo, mas também ficámos a saber que

houve pessoas que estiveram muitas horas à espera de serem socorridas e que acabaram por falecer.

Queria perguntar-lhe também, porque é importante até, depois, do ponto de vista indemnizatório, por que é

que ainda não há um mandato claro para a equipa do Prof. Xavier Viegas fazer o levantamento de tudo o que

se passou em outubro.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, o Sr. Ministro da Administração

Interna diz-me que já há um mandato claro para o trabalho do Sr. Prof. Xavier Viegas.

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada Assunção Cristas, faça favor de continuar no uso da palavra.

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, então, convém transmitir isso

ao Prof. Xavier Viegas, porque, ontem, nesta Casa, ele disse que ainda não havia mandato claro, que estavam

à espera de questões burocráticas.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Portanto, ainda bem que o diz aqui, e espero que isso seja

esclarecido e resolvido.

Ainda sobre as questões de preparação e prevenção, pergunto-lhe: de que forma é que está a ser organizada

a relação entre o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) e a ANPC (Autoridade Nacional de Proteção

Civil), de forma a que todos os alertas meteorológicos tenham uma consequência rápida, imediata e pronta na

preparação e na prontidão do dispositivo, porque isso falhou redondamente em outubro?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro, para responder.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Assunção Cristas, entre as medidas que estão

previstas na capacitação está, precisamente, a integração de todas estas informações. Aliás, e já o disse

publicamente, não tenho dificuldade em assumir que não tenho a menor das dúvidas de que a grande falha em

outubro foi, claramente, ter sido subestimado o impacto no território continental do alerta do IPMA quanto ao

impacto daquele tufão no território continental.

Aplausos do PS.