12 DE MAIO DE 2018
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Como diz o povo, «quem muito abarca pouco aperta» — é essa a intenção?
Aplausos do PSD.
O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — O PSD é que está a parecer muito apertadinho!
O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — O PSD bem percebe o vosso desconforto, mas nós vamos aceitar o
desafio.
Vozes do PS: — Ah!…
O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Mas vamos ser sérios: querem mesmo o inquérito? Querem mesmo
a verdade? Não vamos ter outra comissão como a da Caixa Geral de Depósitos, em que até o Ministério das
Finanças serviu para interpor recursos e impedir o acesso à verdade?!
Aplausos do PSD.
Protestos do PS e do BE.
Desta vez é a sério ou levam as conclusões no bolso?!
Da nossa parte, seremos ativos, atentos e consequentes,…
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Esgotou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado.
O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Como estava a dizer, pela nossa parte, seremos ativos, atentos e consequentes, mas não deixaremos de
denunciar tudo o que pretendam fazer para impedir ou condicionar os trabalhos da comissão, seja por ação,
seja por omissão, e bastarão alguns dias para percebermos ao que vem a geringonça e se vamos ter um novo
garrote da esquerda parlamentar.
Mas não permitiremos, em nenhum momento, o enorme elefante…
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.
O Sr. Paulo Rios de Oliveira (PSD): — Termino já, Sr. Presidente.
Como estava a dizer, em nenhum momento permitiremos que o enorme elefante que se passeia por esta
Sala e que respeita aos anos de chumbo dos Governos socialistas da última década seja esquecido ou
escondido, pois os portugueses estão cansados de mentiras, novas e velhas, e querem a verdade.
Aplausos do PSD.
Protestos do PS e do BE.
O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Pereira, do
PS.
O Sr. Carlos Pereira (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do Partido
Socialista e o Governo sempre afirmaram que há uma ideia-base para uma política energética mais próxima do
interesse dos cidadãos e essa ideia-base é energia mais barata.
Quando o PS chegou ao Governo, em 2015, deparámo-nos com os preços mais elevados da eletricidade e
do gás natural no contexto europeu. Como todos sabem, este aspeto condiciona fortemente a competitividade
e também a coesão económica e social do País.