I SÉRIE — NÚMERO 91
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D. António Marto nasceu em 1947 em Tronco, concelho de Chaves, e foi ordenado, em 1971, Presbítero da
Diocese de Vila Real. Em 2000, foi nomeado Bispo e foi Bispo Auxiliar de Braga e Bispo de Viseu, tendo sido
nomeado, em 2006, Bispo de Leiria-Fátima, cargo que exerce até ao momento, sempre com espírito de serviço,
humildade, simplicidade e um humanismo particular.
Esta nomeação constitui motivo de orgulho para a igreja católica portuguesa, para Portugal e para os
portugueses.
Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, saúda e felicita D. António Marto, que passará a
integrar o Colégio Cardinalício.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar este voto.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS e do CDS-PP e abstenções do BE, do
PCP, de Os Verdes, do PAN e dos Deputados do PS Catarina Marcelino, Isabel Alves Moreira, Maria Antónia
Almeida Santos, Sérgio Sousa Pinto e Wanda Guimarães.
O Sr. PauloTrigoPereira (PS): — Sr. Presidente, dá-me licença que use da palavra?
O Sr. Presidente: — Para que efeito?
O Sr. PauloTrigoPereira (PS): — Sr. Presidente, é para anunciar que irei apresentar uma declaração de
voto sobre a última votação.
O Sr. Presidente: — Fica registado.
O Sr. BacelardeVasconcelos (PS): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: — Faça favor.
O Sr. BacelardeVasconcelos (PS): — Sr. Presidente, também é para anunciar que irei apresentar uma
declaração de voto sobre a última votação.
O Sr. Presidente: — Fica registado.
Srs. Deputados, vamos prosseguir com o voto n.º 553 /XIII (3.ª) — De saudação ao Prof. Gonçalo Ribeiro
Telles, por ocasião do seu 96.º aniversário, apresentado por Deputados do PS e do PSD, que vai ser lido pelo
Sr. Secretário António Carlos Monteiro.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Gonçalo Ribeiro Telles nasceu em Lisboa no dia 25 de maio de 1922 e concluiu, em 1950, os cursos de
Engenharia Agronómica e Arquitetura Paisagista.
Com uma intervenção pública intensa, desde cedo se empenhou em causas cívicas, tendo, nomeadamente,
participado na fundação do Centro Nacional de Cultura e do Movimento dos Monárquicos Independentes,
assumindo posições claras contra o regime e a ditadura.
Para Gonçalo Ribeiro Telles, a arquitetura paisagista e a luta política sempre foram indissociáveis, como se
a construção da paisagem e o desenvolvimento económico e social do País não pudessem deixar de reverter
de um mesmo impulso de cidadania ativa.
O 25 de Abril de 1974 coloca-o no primeiro plano das figuras políticas do País. Exerceu várias funções
governativas, foi Deputado e autarca. Na vida política deixou, entre outros legados, uma legislação decisiva nos
domínios do ambiente e do ordenamento do território.
Fundador da Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas, o Professor Gonçalo Ribeiro Telles ensinou-
nos a ver o território além do olhar e a compreender que a paisagem é o resultado de uma relação profunda
entre natureza e cultura.