1 DE JUNHO DE 2018
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Assim, a Assembleia da República exprime o seu público pesar pelo falecimento de Durval Ferreira Marques
e apresenta à sua família as suas mais sinceras condolências».
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar este voto.
Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do BE, do CDS-PP, de Os Verdes e
do PAN e a abstenção do PCP.
Passamos, agora, ao voto n.º 555/XIII (3.ª) — De pesar pelo falecimento de António Loja Neves (BE), que
vai ser lido pelo Sr. Secretário Moisés Ferreira.
O Sr. Secretário (Moisés Ferreira): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«António Loja Neves faleceu no passado dia 27 de maio, aos 65 anos. Foi jornalista, escritor, realizador,
ativista cultural, opositor à ditadura, ao colonialismo e à discriminação.
António Loja Neves passou parte da juventude em Cabo Verde e sempre seguiu de perto a literatura e a
música daquele país. Regressado a Portugal, estudou medicina e envolveu-se na luta contra a ditadura e a
guerra colonial, bem como nas atividades de agitação cultural.
Trocou a medicina pelo cinema e, em 1978, foi fundador da Federação de Cineclubes. Foi co-organizador do
Panorama - Mostra do Documentário Português e dos Encontros de Cinema Documental da Malaposta. Foi
diretor de programação do Kanema, Festival dos Cinemas Africanos e comissário em encontros de cinema
lusófono, do Brasil a Moçambique e a Cabo Verde, da Irlanda à Finlândia.
Licenciado em Realização pela Escola Superior de Teatro e Cinema, foi dirigente da Associação Portuguesa
de Realizadores e diretor da revista Cinearma. Realizou os documentários Ínsula e O Silêncio, escreveu poesia
e, em 2001, ganhou o Prémio Revelação da Associação Portuguesa de Escritores pelo livro Barcos, Íntimas
Marcas. Recentemente, lançou o livro Arménia: Povo e Identidade, com a sua companheira, Margarida Neves
Pereira.
Jornalista do Expresso há mais de 30 anos, Loja Neves foi fundador da associação SOS Racismo.
Recentemente, colaborou na preparação de um programa de debates escolares sobre o racismo e a xenofobia.
Foi militante do PCTP/MRPP, fundador do Bloco de Esquerda e fundador do LIVRE.
Com o seu falecimento, Portugal perde uma referência do jornalismo e das artes, mas também da
solidariedade como prática cívica e política.
A Assembleia da República, reunida em sessão plenária, assinala o falecimento de António Loja Neves,
transmitindo à sua família e amigos a sua profunda tristeza e o mais sentido pesar.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar este voto.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio.
A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.
Vamos prosseguir com o voto n.º 552/XIII (3.ª) — De congratulação pela nomeação de D. António Marto para
Cardeal, apresentado pelo PSD e subscrito por Deputados do PS, que vai ser lido pelo Sr. Secretário Duarte
Pacheco.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«D. António Augusto dos Santos Marto, Bispo de Leiria-Fátima, no domingo passado, dia 20 de maio, foi
nomeado Cardeal por Sua Santidade, o Papa Francisco, uma escolha que reconhece uma vida de serviço à
comunidade e à igreja católica, que culminará no próximo dia 29 de junho no consistório e que contará com a
presença dos 14 cardeais agora nomeados.