1 DE JUNHO DE 2018
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O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada Paula Santos, do Grupo
Parlamentar do PCP.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Como já afirmámos hoje, aqui, neste debate,
os anunciados cortes a nível da coesão e da política agrícola comum vão ter impactos profundamente negativos
no nosso País.
Há um conjunto de aspetos que não foram ainda hoje debatidos e que consideramos que são absolutamente
fundamentais. Estamos a falar de um conjunto de problemas que estão por resolver. Ainda recentemente, a
Associação Nacional dos Municípios Portugueses alertou a Assembleia da República para a necessidade desse
investimento e para a importância da alocação de verbas e do reforço até dos fundos comunitários dirigidos à
própria administração local.
Falamos, naturalmente, de investimentos a nível das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, a nível do
círculo urbano da água, mas sem os condicionalismos que estão a ser colocados.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, já ultrapassou o seu tempo.
A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Falamos de investimentos a nível dos equipamentos coletivos na área da educação, da saúde e da proteção
do património cultural.
Relativamente a esta matéria, não deixa de ser curioso também que o PSD e o CDS tenham considerado
prioridades negativas, no quadro comunitário que está agora em vigor e em execução, e que estas questões
não sejam também trazidas a debate, para aprofundamento, porque estamos a falar de aspetos fundamentais
até para a coesão do nosso próprio território, para a eliminação de assimetrias no território nacional.
Aplausos do PCP e de Os Verdes.
O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Ricardo Bexiga, do Grupo
Parlamentar do PS.
O Sr. Ricardo Bexiga (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Há um conjunto de questões-chave
que os cidadãos, cada vez mais, nos colocam: o que é que a União Europeia pode fazer por nós? De que modo
as políticas europeias contribuem para colocar a economia ao serviço das comunidades? Como valoriza as
pessoas, criando emprego e diminuindo as disparidades sociais? Como pretende combater as assimetrias
territoriais, garantindo as mesmas oportunidades e qualidade de vida a quem vive nos grandes centros urbanos
e nos territórios de baixa densidade? Quais são as respostas das políticas europeias para os problemas da
demografia, das desigualdades, da sociedade digital e das alterações climáticas?
Uma Europa em que as pessoas possam confiar é uma Europa capaz de garantir uma resposta concreta e
efetiva a todas estas questões.
Uma Europa da qual nos possamos orgulhar é uma Europa onde todos vivemos com dignidade, uma Europa
que garante trabalho digno para todos, uma Europa que não deixa ninguém para trás.
Esta é a nossa Europa, e é com esta ambição em relação às políticas europeias que devemos intervir no
processo de negociação do novo orçamento da União.
Estamos certos de que é com esta ambição que o Governo, apoiado por esta maioria parlamentar, vai
defender os interesses de Portugal e os interesses dos europeus.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para uma intervenção, pelo Grupo Parlamentar do PSD, a Sr.ª
Deputada Ana Oliveira.