I SÉRIE — NÚMERO 8
30
O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, para terminar, aquilo que
se exige aos políticos e, sobretudo, àqueles que governam e àqueles que apoiam o Governo é que respondam
aos problemas efetivos das pessoas, ao sofrimento dos utentes, ao sofrimento dos portugueses e que não
continuem a vender fantasias.
Protestos do PS.
Assumam de vez as vossas responsabilidades, nesta que é a última sessão legislativa, a 4.ª Sessão
Legislativa — obrigado por me lembrarem, Srs. Deputados —,…
O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, já ultrapassou largamente o tempo de que dispunha.
O Sr. Cristóvão Simão Ribeiro (PSD): — … com os votos do PCP, do Bloco de Esquerda e de Os Verdes.
Sr. Presidente, agradeço a sua tolerância.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, chegámos ao fim do debate e, tal como estava previsto, vamos
proceder às votações regimentais.
Peço, pois, aos serviços que acionem o sistema, para podermos proceder ao registo e à verificação eletrónica
de quórum.
Pausa.
Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista 193 presenças, às quais se acrescentam 2 Deputados do PSD
(Cristóvão Norte, José Silvano), 3 Deputados do PS (Isabel Alves Moreira, Pedro Coimbra e Pedro Delgado
Alves), 4 Deputados do BE (Catarina Martins, Joana Mortágua, Jorge Costa e José Moura Soeiro), 3 Deputados
do CDS-PP (Ana Rita Bessa, Cecília Meireles e Hélder Amaral) e 1 Deputado do PAN (André Silva), perfazendo
206 Deputados presentes, pelo que temos quórum para proceder às votações.
Vamos começar por votar o Voto n.º 629/XIII/4.ª (apresentado pelo PAR e subscrito por Deputados do PS)
— De pesar pelo falecimento de Helena Almeida.
Peço ao Sr. Secretário da Mesa, Deputado António Carlos Monteiro, o favor de ler este voto.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor:
«É com sentido pesar que a Assembleia da República assinala o falecimento de Helena Almeida.
Helena Almeida, filha do escultor Leopoldo de Almeida, nasceu em Lisboa em 1934, tendo concluído o curso
de Pintura na Escola Superior de Belas Artes no ano de 1955.
Com o nascimento dos filhos, Helena Almeida adia por alguns anos o desenvolvimento da sua obra, exposta
pela primeira vez em Lisboa em 1967, depois de uma passagem por Paris onde esteve como bolseira.
O reconhecimento nacional e internacional é ainda mais tardio, embora já inegável na viragem do século.
É na fotografia e na reflexão sobre si própria e sobre o trabalho artístico que Helena Almeida encontra um
lugar único e complexo, estando hoje presente em coleções tão relevantes como a da Gulbenkian, da Tate
Modern ou do Museu Reina Sofia.
Quebrando as fronteiras entre o desenho, a pintura, o vídeo, a fotografia e a arte performativa, Helena
Almeida rompeu as convenções com o seu trabalho, revestiu-se com uma tela e construiu-se numa obra
verdadeiramente pessoal e original.
Das grandes exposições em Portugal, destacam-se «Pés no chão, cabeça no Céu», no Centro Cultural de
Belém, em 2004, ou mais recentemente a retrospetiva feita em Serralves, que passou também pelo Jeux de
Paume, em Paris, e pelo Wiels, em Bruxelas.
O título desta retrospetiva resume muito bem a originalidade, a força e o sentido do seu trabalho: «A minha
obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra».