6 DE OUTUBRO DE 2018
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Trata-se sem dúvida de um grande nome da arte contemporânea nacional e internacional.
Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República reconhecem, assim, o percurso de
Helena Almeida no contexto da cultura portuguesa, e transmitem à sua família e amigos as mais profundas
condolências pelo seu desaparecimento.»
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Secretário.
Srs. Deputados, vamos votar este voto.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Segue-se o Voto n.º 630/XIII/4.ª (apresentado pelo PS e pelo PCP) — De pesar pelo falecimento de Fernando
Fernandes.
Peço ao Sr. Secretário, Deputado Diogo Leão, o favor de proceder à leitura deste voto.
O Sr. Secretário (Diogo Leão): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Foi com profundo pesar que a Assembleia da República tomou conhecimento do falecimento do histórico
livreiro Fernando Fernandes.
Nascido em Espinho, à data de 25 de janeiro de 1934, Fernando de Lima Pinho Fernandes fundou, em 1958,
na cidade do Porto, com José Augusto Seabra, Carlos Porto e Vítor Alegria, a livraria e galeria Divulgação, que
rapidamente se tornou um espaço de exposição e divulgação para trabalhos de jovens artistas contemporâneos
da época.
Uma década mais tarde, em 1968, fundou a livraria Leitura, espaço que durante anos, mais do que lugar
para livros, foi lugar de resistência contra a ditadura, comercializando livros proibidos pela censura. Numa época
de repressão constante, à livraria de Fernando Fernandes chegavam centenas de livros importados, criando por
isso um espaço que serviu de casa para o pensamento e permitindo que se encontrasse, naquele lugar, o que
durante anos não se pôde ler.
A Leitura tornou-se numa das mais emblemáticas livrarias do Porto, adquirindo um significado cultural
inestimável no plano local, regional e nacional. Destacou-se pelo vasto catálogo de mais de 120 000 exemplares,
onde constavam obras raras, nacionais e estrangeiras, bem como publicações dos mais conhecidos aos mais
desconhecidos autores.
Por muitos considerado o «senhor livro», o «poeta dos livros» e até mesmo «o maior dos livreiros de
Portugal», como lhe viria a chamar a escritora Agustina Bessa-Luís, Fernando Fernandes fez da Leitura uma
referência cultural da cidade e do País.
Reformou-se em 1999, ano em que também foi homenageado pela Câmara Municipal do Porto com a
atribuição da Medalha de Ouro da Cidade, tendo também sido condecorado com a Ordem de Mérito pelo, então,
Presidente da República Jorge Sampaio.
Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República manifestam à família e amigos de
Fernando Fernandes o mais sentido pesar pelo seu desaparecimento.»
O Sr. Presidente: — Muito obrigado, Sr. Secretário.
Srs. Deputados, vamos votar este voto.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Vamos passar ao Voto n.º 631/XIII/4.ª (apresentado pelo PCP e subscrito por Deputados do PS) — De pesar
pelo falecimento de Alves Barbosa.
Sr.ª Secretária, Deputada Sandra Pontedeira, agradeço-lhe o favor de ler este voto.
A Sr.ª Secretária (Sandra Pontedeira): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«António da Silva Barbosa, conhecido por Alves Barbosa, considerado como uma das maiores figuras da
história do ciclismo português, faleceu a 29 de setembro de 2018, na Figueira da Foz.