27 DE OUTUBRO DE 2018
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O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — O modelo que existe para a Polícia Marítima funciona, e funcionaria ainda
melhor se mais meios humanos, materiais e financeiros existissem. Também as Forças Armadas funcionariam
muito melhor se tivessem mais recursos, se não houvesse um Governo, apoiado por VV. Ex.as, que, a cada
Orçamento que passa, se limita simplesmente a fazer mais e mais anúncios de mais verbas para as Forças
Armadas, quando, na prática, na sua execução vemos cada vez menos verbas para as Forças Armadas.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — O que se vê é rigorosamente o contrário daquilo que apregoam, sendo o
PCP e o Bloco coniventes com a política que tem destruído as Forças Armadas em Portugal e deitado abaixo
um pilar fundamental do nosso Estado de direito democrático. É agora bem pior o orçamento das Forças
Armadas do que o pior dos orçamentos apresentados quando a troica estava em Portugal…
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Vai ter de concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — … e VV. Ex.as são completamente coniventes nesta matéria.
Resumindo, e para concluir, Sr.ª Presidente, do que a Polícia Marítima precisa é de mais homens e mulheres,
mais meios, modernos equipamentos, mais missões. No fundo, a Polícia Marítima precisa que a deixem
trabalhar, porque as nossas Forças Armadas, quando as deixam trabalhar, são muito boas naquilo que fazem e
são capazes de ser, pelo menos, iguais aos melhores que existem no mundo.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, em nome do Partido Socialista, tem a palavra
o Sr. Deputado Jorge Gomes, que aproveito para saudar, em nome da Mesa, porque faz anos hoje.
Aplausos do PS, do PSD e do CDS-PP.
No entanto, pelo facto de fazer anos não terá um acréscimo de tempo para a intervenção.
O Sr. Jorge Gomes (PS): — Sr.ª Presidente, agradeço a sua amabilidade, mas oficialmente só faço anos
depois de amanhã, porque fui registado dois dias depois de ter nascido.
Risos do PS e do PSD.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Depois de amanhã seria mais difícil dar-lhe os parabéns, em nome da
Mesa.
O Sr. Jorge Gomes (PS): — Exatamente.
De qualquer maneira, assim, tenho o privilégio de fazer anos em dois dias diferentes, o que é uma vantagem.
Agradeço também a simpatia de todos os Colegas que fizeram o favor de aplaudir e espero que, com esta
introdução, haja alguma tolerância em relação ao tempo de que disponho para a minha intervenção, porque a
Sr.ª Presidente deixou-me nervoso e eu não me quero enganar.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tolerância é que não haverá, Sr. Deputado.
O Sr. Jorge Gomes (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Sabem os Srs. Deputados que esta
não é uma discussão nova, ou totalmente nova, pois muitas das questões que hoje se colocam foram debatidas
em sessões legislativas passadas. Ora, olhando as iniciativas pretéritas, são escassas as inovações que o PCP
e o Bloco de Esquerda apresentam agora sobre este assunto.
Por isso, a posição do Grupo Parlamentar do Partido Socialista neste debate em nada se altera e aproveito
para recordar que as exigências públicas do Estado português na manutenção de uma polícia de especialidade