I SÉRIE — NÚMERO 18
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O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs.
Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas, declaro aberta a sessão.
Eram 15 horas e 5 minutos.
Peço aos Srs. Agentes da autoridade o favor de abrirem as galerias.
Vamos dar início à nossa ordem do dia, que tem um único ponto, a apreciação, na generalidade, das
Propostas de Lei n.º 155/XIII/4.ª (GOV) — Aprova as Grandes Opções do Plano para 2019 e 156/XIII/4.ª (GOV)
— Aprova o Orçamento do Estado para 2019.
Vamos procurar ter uma direção de Mesa o mais flexível possível.
Para apresentar as duas propostas de lei em nome do Governo, tem a palavra o Sr. Ministro das Finanças
Mário Centeno.
Faça favor, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro das Finanças (Mário Centeno): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Sr.as e Srs. Ministros,
Sr.as e Srs. Deputados: O Governo apresenta hoje, perante o Plenário da Assembleia da República, o quarto
Orçamento do Estado da XIII Legislatura.
É o quarto Orçamento e é apresentado na 4.ª Sessão Legislativa. Sim, Srs. Deputados, um orçamento por
ano.
Aplausos do PS.
Portugal virou, também, a página dos orçamentos retificativos.
Portugal tem hoje uma situação económica, orçamental e financeira bem distinta daquela que existia em
2015. Hoje podemos afirmar que Portugal está melhor; por isso, também os portugueses estão melhor.
Aplausos do PS.
Ao longo da Legislatura, a riqueza do País cresceu 16%. Produzimos mais. O rendimento das famílias
cresceu 18%. Distribuímos mais. O emprego cresceu. São mais 380 000 postos de trabalho, 80% dos quais
permanentes e com melhores salários. Trabalhamos mais e, por isso, ganhamos mais.
Aplausos do PS.
Os portugueses, hoje, podem acreditar. Os portugueses, hoje, podem confiar no seu País e na possibilidade
de, aqui, construírem o seu futuro e o dos seus filhos sem serem forçados a emigrar. Os portugueses, hoje,
podem sonhar com um futuro para Portugal.
Governar implica fazer escolhas, escolhas entre alternativas. E há sempre alternativas.
Em abril de 2015, apresentámos o documento intitulado Uma década para Portugal. Apresentámos as nossas
ideias, a nossa visão para o aumento do potencial de crescimento da economia. Foi essa visão, plasmada no
Programa do XXI Governo, que serviu de linha condutora para a política orçamental que seguimos, sem
hesitações ou recuos. Os sucessivos orçamentos — de 2016, 2017 e 2018 — deram corpo a essa política,
sempre feita de escolhas.
Escolhemos a recuperação de rendimentos, a valorização do Serviço Nacional de Saúde, um mercado de
trabalho mais justo e mais eficiente e um sistema fiscal que promove a criação de emprego e o investimento em
capital humano.
Escolhemos um sistema educativo global, a valorização da Administração Pública e dos seus trabalhadores,
o investimento, a inovação e internacionalização das empresas portuguesas e a estabilização do sistema
financeiro.
A proposta de Orçamento que hoje apresentamos ao Parlamento e aos portugueses dá continuidade ao
processo que iniciámos no final de 2015. O Orçamento de 2019 é histórico. É histórico não apenas pelos