30 DE OUTUBRO DE 2018
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números que encerra mas porque, pela primeira vez na história da nossa democracia, um governo cumpriu
aquilo que se tinha proposto fazer no início da Legislatura.
Aplausos do PS.
Fê-lo sem vacilar e, digo-o, Sr.as e Srs. Deputados, sem euforias, sem triunfalismos ou eleitoralismos. É
histórico porque é responsável e porque traz as receitas e as despesas para um nível próximo do equilíbrio. O
défice vai ser 0,2% do PIB em 2019 — 0,2%!
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Orçamento do Estado que o Governo entregou nesta Assembleia
da República no passado dia 15 prevê o saldo orçamental mais equilibrado de que há memória: um défice de
0,2% do PIB entre receitas e despesas. É uma estimativa, é certo, mas é a nossa estimativa.
Vozes do PSD: — Ah!…
O Sr. Ministro das Finanças: — Este défice historicamente baixo permite que Portugal, pela primeira vez,
tenha uma posição orçamental semelhante à da média dos seus parceiros europeus.
Contas públicas equilibradas dão a segurança aos portugueses de que o aumento de rendimentos dos
últimos três anos é sustentável, de que não se vai voltar atrás, ao tempo dos congelamentos e de aumentos de
impostos, e de que todos podemos continuar a ter confiança no futuro.
Aplausos do PS.
Mas vai ser fácil? Foi fácil aqui chegar? Os portugueses sabem que não. Dá muito trabalho ter sorte! A sorte
não é um acaso nem vive de facilitismos.
Aplausos do PS.
Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística mostram o resultado desse trabalho. São 19
trimestres consecutivos de crescimento económico. O País cresceu em todos os trimestres desta Legislatura e
é a primeira vez que isto acontece neste século.
Estamos a convergir com a área do euro e prevemos que, em 2019, o crescimento do PIB seja de 2,2%,
sustentado em investimento produtivo e no aumento das exportações, mas também suportado pelo aumento do
consumo privado, que traduz a recuperação sustentada do rendimento das famílias.
Sim, o consumo também faz parte do crescimento das economias e é ele que gera bem-estar nas famílias.
Sim, é esse o propósito do crescimento e da criação de emprego: gerar rendimento para que os portugueses
vivam melhor.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a esperança dos portugueses no seu País mede-se também pelas
oportunidades de emprego que o País proporciona. A Legislatura anterior ficou fortemente marcada por níveis
de desemprego historicamente elevados. O anterior Governo promoveu, de forma efetiva e ativa, a emigração
de muitos portugueses.
Protestos de Deputados do PSD.
Hoje, temos menos desempregados e temos mais portugueses empregados. Em 2019, face a 2015, teremos
mais 380 000 empregos. A taxa de desemprego, que em 2015 era de 12,4%, será de 6,3% em 2019. Mas estes
números, que revelam só por si o desenvolvimento positivo do mercado de trabalho, juntam-se à redução da
precariedade, ao aumento do valor do salário por trabalhador e ao aumento da produtividade. Não só temos
menos desemprego e mais emprego como temos melhor emprego.