I SÉRIE — NÚMERO 19
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são o problema estrutural mais importante do País, o que se compreende, pois as prioridades do Governo estão
focadas onde há votos e, infelizmente, o interior dá cada vez menos votos. É este o pragmatismo da esquerda!
Finalmente, não está neste Orçamento o apoio às empresas, que são o verdadeiro motor da economia. Esta
será mais uma das marcas ostensivamente ideológica desta proposta de Orçamento, que prova que os partidos
da geringonça estão cada vez mais parecidos entre si, diluindo-se num caldo de radicalização.
Risos do BE e do PCP.
Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Aos partidos da
oposição não cabe apresentar Orçamentos alternativos. Essa é uma obrigação exclusiva do Governo, pois só
ele detém os instrumentos necessários para o efeito e ao Parlamento cabe a sua fiscalização.
Acreditamos na importância da sustentabilidade das contas públicas;…
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Olhe que o CDS não sabia disso!
O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Fernando Negrão (PSD): — … acreditamos que não basta governar para o presente, temos de
governar para o futuro; acreditamos numa conjuntura favorável. Infelizmente, do outro lado, têm faltado todas
estas características.
Termino, Sr. Presidente, dizendo o seguinte: não abdicaremos de tentar melhorar o que está mal neste
documento e de suprir, com as nossas propostas, as muitas falhas que assinalámos, com sentido de
responsabilidade e de verdade.
Sr.as e Srs. Deputados, este Orçamento é uma fábrica de ilusões, manobrada por partidos oportunistas, cujo
único foco não é o português, não é o cidadão, o único foco é o eleitor.
Aplausos do PSD, de pé.
Risos do PS, do BE e do PCP.
O Sr. Presidente: — Para concluirmos as declarações finais e também o debate, na generalidade, das
propostas de lei das Grandes Opções do Plano para 2019 e do Orçamento do Estado para 2019 e, tem a palavra,
por parte do Governo, o Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.
O Sr. Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (José António Vieira da Silva): — Sr.
Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Depois de quase dois dias de debate será daqui a pouco aprovado, na
generalidade, o Orçamento do Estado para 2019.
Aplausos do PS.
Será aprovado o Orçamento para 2019, com os votos do PS, do Bloco de Esquerda, do PCP, de Os Verdes
e do PAN.
Aplausos do PS.
Será um voto com uma maioria alargada, que corresponde ao alargamento e ao caminho que, no País, cada
vez mais este Governo e esta maioria têm seguido.
A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Parece que está em campanha eleitoral!