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I SÉRIE — NÚMERO 19

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Aplausos do PSD.

Não é preciso ir mais longe, basta lembrar o desvario que foi o ano de 2009, no último Governo socialista do

Eng.º José Sócrates: baixou o IVA para 20% e anunciou grandes, enormes, obras públicas. Meses depois,

estava a tirar tudo o que tinha prometido, aumentou o IVA, congelou pensões, cortou salários, porque, afinal, a

crise estava a chegar a Portugal. O facto de Portugal não apresentar níveis de crescimento desde 1999 e ter

um défice de 9,3% era, para o Governo socialista, um mero detalhe sem importância.

Protestos do Deputado do PS André Pinotes Batista.

Esta é a retórica socialista, seja em 2009, seja em 2018! E é normal que assim seja, porque numa e noutra

altura, o partido que governa é o mesmo e muitos dos seus principais rostos repetem-se. É, por isso, natural

que se repita também o modo de fazer as coisas, e esse modo de fazer as coisas é, normalmente, acompanhado

por uma frase, que cito: «nunca houve tanta transparência nas contas públicas portuguesas» — disse-o

Sócrates, em 2010, e di-lo, hoje, António Costa.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

Dez anos volvidos, percebemos que, hoje, a forma de pensar não é diferente. Fará, provavelmente, parte do

ADN do Partido Socialista, mas, agora, com a agravante das clientelas. Nesta Legislatura e, em particular, com

este Orçamento, não é só o Partido Socialista que usa o documento como forma de luta pelos votos nas urnas,

são também o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português.

Todos reclamam as suas vitórias no texto final! Todos puxam a si a responsabilidade das decisões mais

populares! Todos disputam os dividendos das medidas que, justas ou não, abrangem os seus eleitores.

Para captar votos, não se importam de hipotecar bandeiras ideológicas como a justiça social.

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — O Bloco de Esquerda e o PCP vangloriam-se, agora, com a redução

indiferenciada das propinas do ensino superior, uma medida que se traduz na redução das bolsas universitárias,

impedindo o acesso de milhares de alunos à faculdade para que milhares de outros tenham um prémio de mais

uns trocos para gastar.

Aplausos do PSD.

Protestos do BE e do PCP.

E o mais injusto: muitos pais continuarão a não ter capacidade financeira para mandar os seus filhos para a

universidade, mas serão obrigados a pagar a faculdade de outros com os seus impostos!

Aplausos do PSD.

Protestos do BE.

Uma medida que até mereceu do insuspeito Dr. Vital Moreira o epíteto de «medida eleiçoeira e reacionária».

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Onde vai a social-democracia do PSD!…

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Hoje, vemos o PCP e o Bloco de Esquerda a disputarem o papel de porta-

vozes das medidas que materializam as maiores injustiças e aumentam sobremaneira as desigualdades sociais.