31 DE OUTUBRO DE 2018
93
apoio às exportações». Uma vez mais, a realidade demonstra o contrário. Quando a atual oposição era Governo,
as exportações cresciam abaixo da média europeia, agora, crescem em Portugal mais do dobro do que na
Europa.
No ano passado, foram criadas perto de 40 000 empresas e só nos oito primeiros meses deste ano foram
criadas 120 empresas por dia. Ao contrário, nos quatro anos do Governo CDS/PSD, faliram ou entraram em
insolvência 56 empresas por dia, duas em cada hora que passava.
A autonomia financeira das empresas melhorou significativamente, a sua rendibilidade é a maior desde 2010,
o seu endividamento diminuiu e a percentagem de empresas com crédito vencido, que havia triplicado no
período do anterior Governo, está ao nível mais baixo dos últimos sete anos.
Aplausos do PS.
É no sentido do reforço das medidas de apoio às empresas que este Orçamento para 2019 também dispõe,
favorecendo o investimento, o reinvestimento de lucros, a internacionalização, a diminuição de custos e o
financiamento.
Portugal é, hoje, o segundo País da União Europeia com a maior taxa de aprovação de apoios às empresas
nos fundos comunitários e, face ao período homólogo de execução do anterior quadro europeu de apoio, o
QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional), o nível de pagamentos regista um aumento de 76%.
O Sr. AntónioTopa (PSD): — Errado!
O Sr. CarlosCésar (PS): — As nossas empresas estão mais fortes, melhor preparadas, mais apoiadas, mais
capitalizadas, geradoras de maior riqueza e, sobretudo, de mais emprego.
É por isso que, no conjunto desta Legislatura, em cada hora que passa são criados, em média, 11 novos
postos de trabalho.
Aplausos do PS.
E é por isso que a nossa satisfação é grande: por sabermos que centenas de milhares de famílias
portuguesas se libertaram da angústia e das privações causadas pelo flagelo do desemprego,…
O Sr. Primeiro-Ministro (António Costa): — Muito bem!
O Sr. Carlos César (PS): — … o que se deve à iniciativa empreendedora que este Governo, com o PS, foi
capaz de proteger e estimular.
Aplausos do PS.
Sr.as e Srs. Deputados, é bom lembrar que, para além da diminuição de impostos sobre as famílias em 2019,
foi no último ano do Governo CDS/PSD que Portugal teve a maior carga fiscal de sempre e que, nestes últimos
dois anos, enquanto a carga fiscal subiu na Europa 0,5 pontos percentuais, em Portugal baixou 0,3 pontos
percentuais.
Orgulhamo-nos também do que o novo líder do PSD chama, depreciativamente, quando não pede menos
impostos e mais despesas, o «bodo aos pobres e aos ricos».
A verdade é que foram as nossas políticas, incluindo as relativas às prestações sociais, que permitiram a
atenuação de grandes desigualdades e que o rendimento disponível das famílias portuguesas tivesse, em 2017,
o maior crescimento da última década, contrastando fortemente com o sufoco que, pelos vistos, Rui Rio mais
apreciaria.
Este trajeto mostra que somos o que se esperaria de um partido da esquerda no Governo, que cuida dos
apoios sociais e que se empenha na correção de todas as desigualdades.
Protestos da Deputada do PSD Sandra Pereira.