26 DE JANEIRO DE 2019
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O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: — Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr. Presidente, é para informar a Mesa que o Grupo Parlamentar do Partido
Socialista apresentará uma declaração de voto oral relativa às votações dos dois últimos projetos de resolução.
O Sr. Presidente: — Fica registado, Sr. Deputado. A declaração de voto oral será feita no final dos trabalhos.
Votamos, agora, o Projeto de Lei n.º 575/XIII/2.ª (PSD) — Alteração da denominação da «União de
Freguesias de São Miguel do Souto e Mosteirô», no município de Santa Maria da Feira, para «União de
Freguesias de São Miguel de Souto e Mosteirô».
Confesso a minha dificuldade em compreender o conteúdo deste projeto de lei.
Pausa.
A mudança é da preposição «do» para «de». Muito bem.
Srs. Deputados, se estiverem de acordo, vamos votar o projeto de lei na generalidade, na especialidade e
em votação final global.
Pausa.
Uma vez que não há oposição vamos votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Como há pouco preanunciou, tem a palavra o Sr. Deputado Renato Sampaio para uma declaração de voto
relativa à votação dos Projetos de Resolução n.os 1846/XIII/4.ª (CDS-PP) e 1124/XIII/3.ª (PSD).
Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Sobre a votação dos Projetos de Resolução
n.os 1846/XIII/4.ª, do CDS, e 1124/XIII/3.ª, do PSD, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista apresenta esta
declaração de voto para deixar bem clara e afirmar a sua posição.
O PS sempre olhou, e continua a olhar, no presente, para o País com os olhos postos no futuro, orientando
as suas decisões com preocupações de uma estratégia de sustentabilidade e de coesão territorial.
Ao contrário da direita, não utilizamos a velha tática de apresentar iniciativas nesta Câmara para esconder e
branquear o passado, de que se envergonha.
É recorrente a direita ter um discurso na oposição e uma prática contrária quando está no poder.
Foi o anterior Governo PSD/CDS que adiou, revogou e até anulou a construção da barragem do Alvito — a
essa responsabilidade não pode fugir.
O Sr. José Magalhães (PS): — Muito bem!
O Sr. Renato Sampaio (PS): — Nesta decisão em relação à barragem do Alvito e nestas iniciativas
apresentadas, a situação é ainda mais grave, porque equacionar a barragem do Alvito apenas para vários fins,
retirando o potencial hidroelétrico, é desonerar a EDP da responsabilidade a que estava obrigada, a sua
construção, passando essa obrigação para o Estado.
Não podemos alterar, ao sabor das circunstâncias, o conceito consagrado de fins múltiplos. É que este
agrega a produção de energia, o abastecimento de água, a rega e outras atividades económicas. A barragem
do Alvito cumpria este princípio de fins múltiplos.
A construção da barragem do Alvito fazia parte de um lote — Alvito e Fridão —, incluído no Plano Nacional
de Barragens de Elevado Potencial Hidroelétrico. Subdividir o lote não é mais do que satisfazer os interesses
da EDP.