14 DE FEVEREIRO DE 2019
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Para o PSD é inquestionável que o propósito da ação política é o combate à pobreza e à eliminação das
desigualdades sociais, mas a ação política e a consciência de quem governa não pode vir indexada ao
eleitoralismo e ao jogo da propaganda pela manutenção do poder.
Sabemos bem o preço que cada um de nós, portugueses, pagou pela falta de transparência. Há ainda os
que insistem na ideia de que vale tudo para alcançar o poder e para o manter.
Aquilo que o PSD sabe é que nenhum caminho político é sustentável ou válido se não tiver por base a
verdade, a justiça e a equidade.
Aplausos do PSD.
Anuncia-se pobre um futuro que não se sustente na verdade e na confiança que só a verdade gera.
Para o PSD, combater a pobreza e as desigualdades sociais é essencial, mas é essencial porque esse é o
único caminho que permitirá às pessoas a liberdade efetiva para construírem o seu plano de felicidade, aquele
que elas escolherem e não o que lhe quiserem impor.
A ação política é pelas pessoas, não é pela frágil e de má memória vã glória dos números.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Elza
Pais, do Partido Socialista.
A Sr.ª Elza Pais (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Joana Barata Lopes, só pode
falar de situação de pobreza nos Açores quem não conheceu a situação de catástrofe social que se vivia naquela
região há 20 anos.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — Bem lembrado!
A Sr.ª Elza Pais (PS): — Vamos, sim, ao debate sobre a pobreza. É lamentável porque o que fez da tribuna
não foi discutir a pobreza, vá-se lá saber porquê. Mas também não tenho tempo para ir por aí.
Aplausos do PS.
Sr.ª Deputada, os senhores têm a memória curta, mas nós estamos aqui para avivar essa memória.
Protestos do PSD.
Quem não tem memória do passado, não tem legitimidade nenhuma para construir o futuro. Já se
esqueceram da vossa governação em que os índices de pobreza atingiram os máximos históricos? Já se
esqueceram da vossa governação em que as mulheres e as crianças foram fustigadas por políticas de
austeridade, com retrocessos de 10 anos no que diz respeito ao indicador «risco de pobreza»?
Aplausos do PS.
Já se esqueceram de mais uma hora de trabalho na função pública com perdas gritantes para o apoio à
família, aos idosos e às crianças? Retiraram tempo às famílias.
Sr.as e Srs. Deputados, Portugal retomou o caminho da confiança com esta governação. O objetivo da Europa
2020 de retirar 200 000 pessoas da pobreza não vai ser alcançado, já foi alcançado, em 2018. Foram 500 000
pessoas as que saíram da pobreza, destas 286 000 são mulheres e 167 000 são crianças. Estes é que são os
números que a Sr.ª Deputada ali, da tribuna, não quis abordar.