O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 56

10

Teve de ser este Governo a tirar do papel os fundos comunitários para as escolas, o que fez, e bem, em

parceria com as autarquias, apesar das críticas dos Deputados da direita a essa colaboração.

Protestos do PSD.

Mas, felizmente, nem os autarcas da direita seguiram esses maus conselhos dos seus Deputados.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Pimpão (PSD): — Não demos conselho nenhum!

O Sr. Porfírio Silva (PS): — O problema da direita que temos é que não é de confiança. Trataram mal a

educação na negociação do PT2020. Que o diga o ensino profissional, por exemplo.

Desculpam-se sempre com a troica, mas, para o PSD e para o CDS, a troica foi sempre apenas uma cortina

de fumo para as suas opções ideológicas.

Aplausos do PS.

A verdade é que a direita escolheu sacrificar a escola pública.

Na anterior Legislatura, dois terços da redução de postos de trabalho na administração central foram na

educação. Cortaram na educação 1200 milhões de euros, além do que estava previsto no Memorando de

Entendimento.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, esgotou o seu tempo.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Só numa coisa evitaram cortar: deram mais dinheiro aos contratos de associação

do que aquilo que o Memorando previa. E ainda propuseram que, onde houvesse uma escola pública e uma

escola privada, se devia sacrificar a escola pública.

É por isso que temos a dizer ao País e a todos os que trabalham pela educação que sabemos que é preciso

fazer mais, estamos orgulhosos daquilo que já foi possível fazer, e isso dá-nos alento para continuar o

investimento material e imaterial em educação.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, peço-lhe que conclua.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente.

Mas não nos iludimos com o canto de sereia da direita porque, se pudessem, o PSD e o CDS voltariam a

escolher sacrificar a escola pública no altar da sua ideologia do Estado mínimo. E por aí nós não vamos!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda.

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Ministro, estamos aqui a assistir a mais uma competição

que nos vai animar até outubro: é a corrida do PSD e do CDS ao pódio da direita. Há dois dias, tivemos a lebre,

agora, chega a tartaruga para a corrida do PSD e do CDS ao pódio da direita.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Ministro, esta direita que aqui vem apresentar um debate de urgência sobre investimento na escola

pública foi a mesma direita que cortou 1200 milhões na escola pública.

Ora, perguntamos o seguinte: o que é que acontece às escolas num mandato em que se cortam 1200

milhões? O que é que acontece ao parque tecnológico das escolas, ao aquecimento nas escolas, à Escola João