I SÉRIE — NÚMERO 57
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Sim, as pessoas não são números, mas importa sublinhar alguns números para que os ecos de uma
determinada demagogia de «quanto pior melhor» não perdurem e ecoem mais do que seria legítimo.
O PSD e o CDS reclamam mais cuidados de saúde primários, mas isso só pode ser peso na consciência,
pois entre 2011 e 2015 houve menos cerca de 3% de consultas não urgentes nos cuidados de saúde primários.
Protestos da Deputada do CDS-PP Isabel Galriça Neto.
Hoje, pelo contrário, pela mão do Governo do PS, mais do que recuperámos esta quebra em consultas de
cuidados saúde primários e contaremos, até ao fim da Legislatura, com a construção e abertura de 30 novos
centros de saúde, com o apoio das mais 104 USF, criadas até ao fim do ano passado, estando previstas mais
cerca de 23 previstas para 2019, e também com uma cobertura de 93,3% de portugueses com médico de família.
O PSD e o CDS exigem aquilo que não fizeram, tentando claramente limpar a sua má consciência, mas, da
minha parte e da parte dos portugueses, já vão tarde.
O Sr. Filipe Neto Brandão (PS): — Muito bem!
A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — Reclamam mais cirurgias. Mas — imagine-se! — mesmo com uma greve
selvagem de 40 dias dos profissionais de enfermagem…
O Sr. Carlos César (PS): — Muito bem!
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Selvagens são os senhores!
A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — … às cirurgias, com impacto em pelo menos 25% das cirurgias realizadas, a
diminuição das cirurgias programadas em 2018, face a 2017, ficou-se apenas em 0,79%.
O PS serve os utentes mas também serve os profissionais, por isso trabalhámos para repor salários, para
descongelar carreiras e para repor as 35 horas.
A Sr.ª Marisabel Moutela (PS): — Essa é que é essa!
A Sr.ª Jamila Madeira (PS): — Por isso, investimos mais de 307 milhões de euros em todas estas medidas
de apoio aos profissionais, pois acreditamos que o SNS é feito por pessoas e para as pessoas e acreditamos
que estas merecem o nosso esforço coletivo e empenho para terem as melhores condições de trabalho
possíveis.
Pela mão do Governo do PS, também mantivemos contas certas e evidenciámos um reforço da despesa
efetiva que ultrapassa os 10 mil milhões de euros, crescendo 12% em relação a 2015.
Hoje, temos um SNS menos frágil e mais autónomo, pronto para, no ano em que celebra 40 anos, demonstrar
todo o seu vigor na garantia dos compromissos estabelecidos com os cidadãos. Hoje, muitos lobos vestidos de
cordeiro tentam mostrar os dentes, mas isso dá-nos a certeza e a consciência da importância que tem o nosso
empenho nesta sempre inacabada tarefa de servir o SNS e os portugueses.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — A Mesa não regista mais inscrições.
Vamos, portanto, prosseguir com o período de encerramento do debate. Tem a palavra o Sr. Deputado João
Oliveira, para intervir em nome do PCP.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: No
final desta interpelação, agendada pelo PCP, as conclusões são incontornáveis. O Serviço Nacional de Saúde
presta cuidados de saúde de elevada qualidade a todos os utentes, independentemente da sua condição
económica, sendo a única garantia do cumprimento do direito à saúde.