I SÉRIE — NÚMERO 63
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Fundou, em 1961, com Rogério Paulo, Armando Cortez, Carmen Dolores e Fernando Gusmão, o Teatro
Moderno de Lisboa, considerado o primeiro grupo de teatro independente que, atuando nos tempos do fascismo,
teve uma enorme importância na renovação do teatro e na intervenção cultural.
Em 1969, fundou o Primeiro Ato — Clube de Teatro, em Algés, e, mais tarde, o Intervalo — Grupo de Teatro,
que funciona no Auditório Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha.
Participou em diversos filmes para televisão, nomeadamente na década de 1960.
Armando Caldas defendeu e levou à prática um teatro política e socialmente interventivo, tendo encenado os
maiores nomes da dramaturgia mundial.
Membro do Partido Comunista Português desde 1956 foi também membro dos órgãos sociais do Sindicato
dos Trabalhadores do Espetáculo.
A Assembleia da República, reunida em 15 de março de 2019, expressa o seu pesar pelo falecimento de
Armando Caldas e envia aos seus familiares e ao Partido Comunista Português sentidas condolências.»
O Sr. Presidente: — Vamos votar este voto que acabou de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Temos, ainda, o Voto n.º 768/XIII/4.ª (apresentado pelo PCP) — De pesar pelo falecimento de Fernando
Midões, que vai ser lido pela Sr.ª Secretária Sofia Araújo.
Também neste caso temos a família presente nas galerias.
Tem a palavra, Sr.ª Secretária.
A Sr.ª Secretária (Sofia Araújo): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Faleceu, com 86 anos, na Casa do Artista, onde residia, Fernando Midões.
Natural de Lisboa, frequentou o Liceu Camões, diplomou-se em Ciências Pedagógicas pela Faculdade de
Letras de Lisboa e licenciou-se em Direito, na Faculdade de Direito de Coimbra.
Trabalhou na RTP durante décadas. Participou na histórica emissão televisiva do dia 25 de Abril, tendo sido
da sua autoria uma parte significativa das notícias do primeiro Telejornal em liberdade.
Dirigiu dezenas de programas da RTP, nomeadamente de teatro para televisão.
Desde cedo, o teatro foi a sua paixão, tendo sido um dos fundadores do Grupo Cénico de Direito da
Faculdade de Direito de Lisboa, onde, para além de ator, encenou algumas peças.
Iniciou a sua carreira como crítico de teatro, no jornal A Planície, colaborando mais tarde com o Diário Popular
e o Diário de Notícias. As suas palavras ficaram por jornais e revistas (Flama, R&T, Revista Mais, Notícias da
Amadora, entre outros) e em programas televisivos (Fila T) e radiofónicos sobre teatro.
Foi membro da Sociedade Portuguesa de Autores e da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.
Em 2017, o seu espólio de críticas teatrais foi entregue ao Museu do Teatro, que o tem aberto a consulta.
Militante do PCP de 1974 até ao seu falecimento, Fernando Midões foi representante dos trabalhadores na
Comissão de Trabalhadores da RTP e membro do Sindicato dos Jornalistas.
A Assembleia da República, reunida em 15 de março de 2019, expressa o seu pesar pelo falecimento de
Fernando Midões e envia aos seus familiares e ao Partido Comunista Português sentidas condolências.»
O Sr. Presidente: — Vamos, então, votar.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos à votação do Voto n.º 771/XIII/4.ª (apresentado pelo PAR e subscrito por Deputados do PSD e do
PS) — De pesar e condenação pelo atentado perpetrado em Christchurch, Nova Zelândia.
Peço ao Sr. Secretário António Carlos Monteiro o favor de o ler.
O Sr. Secretário (António Carlos Monteiro): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte
teor: