I SÉRIE — NÚMERO 69
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depois membro da Comissão Política Nacional do Partido Socialista, marcou sempre a sua atividade partidária
por uma contagiante disponibilidade e camaradagem.
Foi um dos grandes impulsionadores do associativismo juvenil, tendo ocupado a Vice-Presidência da
Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), entre 1999 e 2005. Nessas funções, assumia a
particularidade de nunca se quedar no incentivo à inovação e à internacionalização, traços que estavam sempre
presentes na sua atividade empresarial.
Em 2011, foi nomeado para a presidência da Startup Lisboa, então criada, e transformou-a numa referência
na gestação de ideias e projetos e no lançamento de iniciativas empresariais. Durante este período, foi também
Responsável pelo LIDE Empreendedorismo e dirigiu a TIE Global Portugal, da Associação Mundial de
Empreendedores.
Como homem de causas, em 2015 organizou a caravana Aylan Kurdi, movimento de apoio aos refugiados
sírios que chegavam ao Leste da Europa, que juntou três camiões carregados com dezenas toneladas de roupa,
comida, medicamentos e brinquedos para milhares de famílias.
Em 2015, assumiu a pasta de Secretário de Estado da Indústria do XXI Governo Constitucional, ficando para
sempre ligado à promoção da iniciativa empresarial e da economia digital em Portugal. Nessas funções,
seguindo os contactos que já vinham da Startup Lisboa, teve um papel decisivo para que Portugal fosse o País
escolhido para a realização de sucessivas edições da Web Summit.
Tinha a convicção de que Portugal podia ser o melhor País do mundo para criar um negócio, e a vontade de
contribuir para essa ambição. Nos seus tempos da Startup Lisboa, designava a sua função como «chief
happiness officer». Todos os que com ele privaram ou contactaram sabem que merecia esse título.
A sua morte faz o País mais pobre. Porque nos deixa um coração enorme de generosidade e alegria de viver,
porque nos separamos de alguém que faz muita falta à afirmação do País.
Reunida em sessão plenária a 29 de março de 2019, a Assembleia da República expressa o seu pesar pelo
falecimento de João Vasconcelos e apresenta as suas sentidas condolências à sua família, ao Partido Socialista,
do qual era militante, e a todos os que sentiram a sua perda.»
O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, vamos votar o voto que acabou de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Passamos ao Voto n.º 797/XIII/4.ª (apresentado pelo PSD) — De pesar pela morte do artista plástico
Guilherme Correia, que vai ser lido pelo Sr. Secretário Duarte Pacheco.
O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
«Morreu no passado dia 28 de março o artista plástico marinhense Guilherme Correia.
Guilherme Correia nasceu na Marinha Grande em 1923. Faz parte de uma família de artistas plásticos, entre
os quais seu pai, João Correia, que se notabilizou na arte de pintar a óleo e aguarela, chegando a pintar cenários
para o Teatro Nacional.
Guilherme Correia teve a seu cargo a Direção Artística da Companhia Industrial Portuguesa e também da
Fábrica Santos Barosa.
Está representado no Museu Maria da Fontinha, em Castro d’Aire, e em diversas coleções particulares,
dentro e fora do País.
Expôs na II Bienal dos Artistas de Leiria, promovida pela Câmara Municipal de Leiria, fazendo igualmente
parte da sua organização.
Presente nas cinco Bienais de Alenquer, na qualidade de Artista Convidado.
Exposições individuais mais destacadas na galeria de arte Capitel, nos anos de 1974, 1982, 1984, 1993,
1995 e 1998.
Convidado pelos artistas internacionais para estar presente no Centro Cultural de Nova Iorque, em Barcelona,
nas Caraíbas e em Tóquio (2006).
Autor do símbolo e medalha do Turismo de Leiria – Rota do Sol.
Autor do retrato do Professor Marcelo Rebelo de Sousa e de um trabalho na Praça Rodrigues Lobo, para o
Conservatório de Artes de Leiria.