O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 DE ABRIL DE 2019

37

É o mesmo que dizer que, no ano que vem, vamos crescer menos do que crescemos no ano anterior. Mais:

já estava previsto que se crescesse menos do que no ano anterior. Essa é, talvez, a nova «estabilidade» de que

fala o Sr. Ministro Mário Centeno: é, todos os anos, crescer menos do que no ano anterior.

Mas, Sr. Ministro, já que fala em promessas por cumprir e em promessas cumpridas, eu falo-lhe também na

oportunidade perdida. Gostava de lembrar o famoso documento do «grupo dos sábios», sendo o Sr. Ministro

um dos sábios e estando aqui vários outros sentados.

Gostava de lhe perguntar se o crescimento prometido de 2,4%, em 2016, foi verdadeiro ou se ficou pelos

1,9%, se o crescimento prometido de 3,1%, em 2017, foi verdadeiro ou se ficou abaixo, se o crescimento

prometido, em 2018, de 2,6% foi assim ou se o resultado das suas políticas ficou abaixo.

Gostava também de lhe perguntar se o crescimento que tinha estimado e prometido, em 2017, de 2,3%, o

vai cumprir ou se vai ficar abaixo.

É que a marca da sua governação é esta: no que toca a crescimento económico, fica sempre abaixo do

prometido; no que toca à carga fiscal, fica sempre acima do prometido.

Aplausos do CDS-PP.

Não é por acaso, Sr. Ministro, que o PS, o PCP, o Bloco de Esquerda e Os Verdes não têm, neste debate,

uma única palavra sobre o futuro. Todas as palavras são sobre o passado.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Trazia isso escrito de casa e agora faz essa figura!

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — No caso do PS, são sobre o passado recente, porque têm uma certa

vontade de sacudir do capote a governação Sócrates — sempre esquecem por que razão foi preciso chamar a

troica! —, mas não têm uma única palavra sobre o futuro. Porquê? Dizem que Portugal vai crescer, no ano que

vem, menos do que cresceu no ano passado e eu pergunto: os senhores têm uma estratégia? Têm uma

proposta? Têm medidas? Não!

O Sr. Presidente: — Peço-lhe para concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — A única coisa que o Sr. Ministro sabe dizer é que vai ser preciso mais

dinheiro para um banco. Portanto, é a receita do costume: mais receita fiscal, mais impostos e menos

investimento público.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco, do Grupo

Parlamentar do PSD.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, Sr. Dr.

Mário Centeno, Ministro das Finanças, começo por lhe dizer que estava na dúvida se iríamos ter o Ministro das

Finanças que fala para dentro ou o Ministro das Finanças que fala para fora do País,…

O Sr. Ministro das Finanças: — Falo para si, Sr. Deputado!

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — … mas concluí que não vamos ter nem um nem outro, porque o senhor

tem vergonha de defender o Programa de Estabilidade que aqui apresentou e, por isso, limitou-se a falar de

2015 e do Governo anterior.

Aplausos do PSD.