O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 83

46

Nós não nos vergamos, nós não nos baixamos, nós não somos servis, no que diz respeito a esta matéria.

A Sr.ª Clara Marques Mendes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Exatamente!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Deputado, o que estamos a dizer, e repetimos, é muito simples: queremos

recuperar o tempo de serviço dos professores integralmente, mas com condições de responsabilidade

orçamental e financeira. Sem isso não pode ser!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — E na semana passada podia?

O Sr. Adão Silva (PSD): — Nós percebemos que não alinhamos nem podemos alinhar com os princípios de

irresponsabilidade financeira, que, de alguma maneira, motivam o PCP, mas que agora, obviamente, são uma

enorme contradição. É que, Sr. Deputado, como bem vê, isso podia existir antes, mas, a partir do momento em

que serviram de muleta a um Governo, de alguma forma, toda essa retórica do PCP, que era uma retórica

virgem, uma retórica afirmativa e, de certa forma, levada a sério, neste momento, Sr. Deputado, não pode ser

levada a sério.

Sr.ª Deputada Cecília Meireles, muito obrigado pelas suas perguntas. Sim, estamos totalmente de acordo. É

golpe de teatro, sem mais! É um Primeiro-Ministro acossado, que percebe que é muito difícil aguentar uma

campanha eleitoral para as eleições europeias que lhe está a correr mal, que é muito difícil suster a erosão de

que está a ser vítima por causa da questão das famílias, em que um organograma do Governo se converteu

quase numa espécie de árvore genealógica da família socialista, e que até é muito complicado aguentar toda

esta pressão que vem dos seus antigos aliados, e não sei se ainda o são, pois hoje parece que acabou a aliança

dentro da geringonça.

Portanto, Sr.ª Deputada, estamos completamente de acordo em relação a esta matéria.

O que o Partido Socialista deveria fazer, do nosso ponto de vista, era cumprir os seus compromissos. Não

pode ser de outra maneira! O Partido Socialista assumiu compromissos com os professores e tem de encontrar

as respostas a esses compromissos. Afinal, percebe-se que aquele que era o grande obstáculo, a enormidade

financeira de que falava Mário Centeno, não existe e, portanto, mais uma razão para encontrar uma solução

prática, rápida e direta para os professores, que esperam por ela e merecem justiça nessa espera.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para uma declaração política, pelo Partido Socialista, tem a

palavra o Sr. Deputado Porfírio Silva.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Como dissemos desde o primeiro

momento, o PSD tinha, para a apreciação parlamentar do diploma que mitiga os efeitos do congelamento na

carreira docente, um duplo objetivo, que era o de iludir os professores e lançar as bases de um novo ataque à

escola pública.

Aplausos do PS.

O PSD antecipa os quase três anos de recuperação de tempo de serviço previstos pelo Governo, com

aumento de despesa no imediato, e, ao mesmo tempo, simula que reconhece os nove anos, mas adia para as

calendas gregas o seu pagamento e quer financiar esta medida voltando a despedir professores.

Aplausos do PS.