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9 DE MAIO DE 2019

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A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Deputado Adão Silva, de

facto, o Sr. Deputado fez ali, naquela tribuna, o que me parece uma constatação de facto. É que, realmente, o

que tivemos nos últimos dias foi, sobretudo, um golpe de teatro de um Primeiro-Ministro que, não conseguindo

resolver os problemas que existem e para disfarçar a sua incapacidade de os resolver, decidiu criar um problema

onde ele não existe.

Mais: sobretudo tendo, não o País, mas o PS, um problema com a péssima forma como a campanha eleitoral

lhe estava a correr e com o mau candidato que escolheu, resolveu fazer o quê? Resolver o problema? Fazer

outras propostas? Apresentar outros candidatos? Não! Resolveu, pura e simplesmente, criar este enorme golpe

de teatro, numa manobra de diversão, para que toda a gente discutisse outras coisas e não o que estava a ser

discutido durante o período de campanha eleitoral.

Protestos da Deputada do PS Marisabel Moutela.

Aqui chegados, já que o Sr. Primeiro-Ministro assim o quer, vamos ser obrigados a dizer o que cada partido

defendia. Aqui, Srs. Deputados, acho que não haverá melhor forma de tirar as teimas do que irmos ver o que

cada partido escreveu e o que cada partido propôs nessa tarde de quinta-feira. E o que pergunto ao Sr. Deputado

é se é ou não verdade que quer o PSD, quer o CDS tinham propostas que consagravam o princípio da contagem,

mas que o faziam depender de condições rígidas, declaradas e escritas. E o PS — veja-se o cúmulo da hipocrisia

política —, ao mesmo tempo que se vem queixar de que as condições não foram aprovadas, votou contra essas

mesmas condições na comissão.

A Sr.ª Ana Sofia Bettencourt (PSD): — Bem lembrado!

Protestos do PS.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Portanto, Sr. Deputado, não teria sido melhor, da parte do PS, votar a

favor dessas condições e ter evitado toda esta crise?

Aplausos do CDS-PP.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder aos três pedidos de esclarecimento, tem

novamente a palavra o Sr. Deputado Adão Silva.

O Sr. Adão Silva (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, agradeço as suas perguntas e

queria dizer-lhe o seguinte: percebo a angústia que, neste momento, lavra no Partido Ecologista «Os Verdes»

sobre esta matéria. Os senhores fizeram aprovar aqui um projeto de resolução, não com os votos do PSD, mas

com os votos do Partido Socialista, em que era «tudo a todos» e, portanto, havia a recuperação integral do

tempo de serviço passado dos professores, sem qualquer tipo de travão nem de obstáculo. Na altura, houve

uma certa celebração, encantamento e contentamento, por parte do Partido Ecologista «Os Verdes», que se

compreende muito bem, pois, afinal, sendo um pequeno grupo parlamentar, conseguiram vergar o Partido

Socialista ao poder dos vossos argumentos.

Mas, agora, a pergunta é a seguinte: não se sentem dececionados com este comportamento errático e

contraditório do Partido Socialista e do Governo? Claro que sentem! Portanto, Sr.ª Deputada, percebo a sua dor,

a sua angústia, a sua deceção, mas faz parte de um grupo parlamentar que apoia este Governo e, por isso, tem

de ver como vai resolver este problema.

Sr. Deputado António Filipe, para nós, no PSD, é tudo muito simples: pés bem assentes na terra e cabeça

bem levantada para cima.

Risos de Deputados do BE.