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I SÉRIE — NÚMERO 89

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O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Ainda para formular um pedido de esclarecimentos, tem a palavra o Sr.

Deputado José Soeiro, do Bloco de Esquerda.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Filipe Anacoreta Correia, felizmente, como

aqui já foi lembrado, não estamos no tempo em que o CDS propunha o corte de 600 milhões de euros por ano

nas pensões em pagamento,…

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Bem lembrado!

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — O CDS?!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — … nem estamos no tempo em que o CDS…

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — O CDS?! Tem a certeza? Então, diga-me lá onde é que viu

isso!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sim, o CDS! Tenho a certeza! Sr.ª Deputada Cecília Meireles, está uma

notícia no SOL, pode consultar.

Também não estamos no tempo em que se cortaram 70 000 complementos solidários a idosos, que é uma

prestação fundamental para combater a pobreza entre os idosos, e, felizmente, também não estamos no tempo

em que o CDS despediu — através do Ministro Mota Soares, que está atrás de si — 700 trabalhadores da

segurança social, por via da figura da requalificação.

É certo que estamos longe da justiça toda que é devida a quem trabalhou uma vida inteira, mas sabemos

que o caminho que tem sido feito está nos antípodas do caminho do CDS: em vez de cortes, o aumento de

pensões; em vez do desrespeito em relação a quem tem longas carreiras contributivas, a possibilidade de se

reformar sem penalização.

Em Braga, na campanha de Marisa Matias, houve um senhor, Carlos Peixoto, que veio ter connosco e

apresentou o seu caso: ele tinha tido 44% de penalização na sua pensão, com as regras do Ministro Mota

Soares. Foi mais um dos milhares de lesados pelo CDS e pelo Ministro Mota Soares!

Mas queria falar-lhe sobre uma medida muito concreta, que tem a ver com os atrasos nas pensões. É uma

medida que nos preocupa e que resulta da combinação explosiva entre a possibilidade das reformas antecipadas

e a diminuição de 40% dos trabalhadores do Centro Nacional de Pensões, pessoal que faz um trabalho heroico

e que, no período do Governo do CDS/PSD, foi diminuído em 40%. Dir-me-á que em 2016 é que se começou a

recuperar.

A Sr.ª Maria das Mercês Borges (PSD): — E quantos anos são precisos para resolver o problema?!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Este Governo precisa de 10 anos para resolver o problema, porque 4

não chegam!

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Certo, foi em 2016, mas até lá houve um corte de 40% no pessoal do

Centro Nacional de Pensões e, agora, ao mesmo tempo, em vez de estar suspensa a possibilidade das reformas

antecipadas, houve um aumento de dezenas de milhares de requerimentos de pensão, porque as regras são

mais justas e se criou um regime para as longas carreiras contributivas.

Mas o que queria dizer-lhe é que nós…

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Ultrapassou o tempo de que dispunha, Sr. Deputado.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr. Presidente, vou só acabar de fazer a pergunta.