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I SÉRIE — NÚMERO 89

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O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Está enganado!

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — … completamente esquecidos, e finge que são duas entidades

diferentes.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — E sobre as pensões?…

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Por isso, Sr. Deputado, da nossa parte, da parte do CDS, pode

esperar uma ação coerente, determinada e a lembrar a realidade de quem não vive no círculo mediático de

Lisboa, das pessoas mais idosas, que estão à espera da resposta deste Governo e que são absolutamente

esquecidas com a conivência do Bloco de Esquerda, que apoia este Governo.

O Sr. José Moura Soeiro (BE): — E sobre pensões?…

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Nós não acompanhamos o Bloco de Esquerda, nós estamos

do outro lado. E, se dependesse de nós, com certeza, o lado dos idosos também estaria reforçado e teria outra

resposta por parte de outro Governo.

Aplausos do CDS-PP.

Vozes do BE: — Ah!…

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Srs. Deputados, vamos passar a uma nova declaração política, para o

que tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias, do PCP.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A situação nos transportes públicos, os

problemas que estão a ser sentidos todos os dias pelas populações, pelos utentes e pelos trabalhadores dos

transportes exigem que o Governo dê, finalmente, respostas concretas e pare de bloquear a aplicação das

medidas urgentes e indispensáveis que estão, há muito, identificadas nas empresas do setor.

Ao longo de décadas, apresentámos medidas para um sistema tarifário mais justo, coerente e integrado, com

preços mais acessíveis e sem discriminações. Demos um contributo decisivo para os avanços alcançados, com

transportes mais baratos e passes mais abrangentes.

Mas, ao mesmo tempo, desde a primeira hora, sempre dissemos e repetimos: é indispensável reforçar a

capacidade de resposta das empresas de transportes, mais investimento nas frotas, infraestruturas e serviços

de manutenção e a contratação de trabalhadores para enfrentar as gritantes carências de pessoal. Face à

situação que se verifica um pouco por todo o País, as razões destes nossos alertas mantêm-se, confirmam-se

e acentuam-se de uma forma evidente e incontornável.

Como o PCP sempre alertou, para o desenvolvimento e promoção do transporte público, o alargamento do

passe e a redução de preços era apenas uma das condições, a outra, e fundamental, é o aumento da oferta em

quantidade, qualidade e fiabilidade.

E é urgente e indispensável fazê-lo, em dois planos: no curto prazo, com medidas que possam minorar

problemas e, no médio prazo, com o avançar de investimentos essenciais, mas que demorarão alguns anos a

ser concretizados.

Infelizmente, os últimos Governos têm-se limitado a multiplicar os anúncios de medidas de médio prazo, que

acabam por ser cancelados e substituídos por novos anúncios. O melhor exemplo é o da compra de comboios,

onde os últimos sete concursos — sete! — foram cancelados, antes de chegarem os comboios, isto é, logo após

os períodos eleitorais, e nunca foi concretizado o Plano Nacional para o Material Circulante Ferroviário, proposto

pelo PCP e aprovado nesta Assembleia há já um ano.

Entretanto, é preciso avançar decididamente com o investimento público nos transportes públicos. São

muitos os projetos em falta ou em atraso, desde modernização da Linha do Oeste — de que hoje ainda