6 DE JUNHO DE 2019
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Sr. Deputado João Marques, há, de facto, uma resposta direta à pergunta que colocou: até ao final deste
ano, estará concluída toda a fase-piloto dos carregadores de veículos elétricos da MOBI.E (Programa para a
Mobilidade Elétrica em Portugal). O que é que significa esta conclusão? A garantia de que todas as sedes de
concelho têm esses mesmos postos de carregamento. Imediatamente a seguir a isso será, então, lançada a
concessão para os postos de carregamento lento, o que, para além dos 50 postos de carregamento rápido que
já existem, é um aviso fundamental para serem instalados mais 100. Foi ainda liberalizado o pagamento e o
carregamento elétrico dos automóveis nos locais privados de acesso público, leia-se nos parques de
estacionamento.
Não há sede de concelho que não tenha, já hoje, essa mesma capacidade de poder vir a ter muito depressa,
mais depressa do que o nosso próprio projeto-piloto, esses mesmos postos de carregamento.
A melhor solução da forma coletiva para o transporte nos territórios de baixa densidade é o transporte flexível
e o PART está a pagar transporte flexível. O transporte flexível, que é uma criação deste Governo, é flexível nos
horários, flexível no tamanho do veículo, flexível no lugar exato onde é a paragem e é, portanto, um transporte
a pedido. Está também a ser financiado um aumento de oferta, através do PART, na parcela que muitas das
CIM escolheram não para reduzir tarifas mas para aumentar o transporte ferroviário.
Protestos do Deputado do BE Heitor de Sousa.
Sr. Deputado Heitor de Sousa, os números são um aborrecimento, não concordam consigo. Não concordam
mesmo consigo! No metro do Porto, a procura, no ano passado, aumentou em quase 4% e, neste ano, em mais
8%. É muito curioso, porque há vários anos tem havido um aumento paulatino dos transportes, mais à custa dos
títulos ocasionais do que dos títulos mensais, e, de facto, com o PART esta lógica inverteu-se. Por isso, o
aumento tem sido, sobretudo, à custa da compra de títulos mensais. O cumprimento das circulações do metro
do Porto, em abril, foi de 99,4%. Já agora, o do metro de Lisboa foi de 99,8%.
Protestos do Deputado do BE Heitor de Sousa.
Sr. Deputado André Silva, não é por dizer que há caos que há o caos. Ontem também ouvi o presidente da
comissão de utentes do metro de Lisboa a falar na televisão e a dizer que, em todos os países da Europa, o
metro funciona à noite. Ora, acontece que não funciona nenhum, e não é porque alguém chega e diz que
funcionam em todo o lado à noite que alguma coisa funciona à noite. Não é mesmo assim. Não há caos
coisíssima nenhuma e, pelo facto de vocês dizerem várias vezes que há caos, a situação mantém-se na mesma.
Não há qualquer comparação entre aquela que é a oferta do metro de Lisboa hoje e aquela que era a oferta do
metro de Lisboa há algum tempo atrás, e há não muito tempo atrás, porque toda a frota está recuperada.
Protestos do Deputado do PAN André Silva.
É, de facto, extraordinário que, depois de inúmeras queixas, não digo nesta Câmara, sobre o facto de na
linha vermelha do metro não haver espaço para as malas de quem vai para o aeroporto e sobre o facto de terem
aparecido carrinhos de bebé no metro — precisamente porque o transporte agora é gratuito, e já o é há algum
tempo, como sabem, nomeadamente na Carris e no metro de Lisboa para os mais jovens —, a administração
do metro de Lisboa tenha criado, e muito bem, um espaço para que essas malas pudessem ser depositadas e
para esses mesmos carrinhos de bebé.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Essa é uma forma muito estranha de anunciar o baby boom!
O Sr. Ministro do Ambiente e da Transição Energética: — E aquilo que VV. Ex.as vêm dizer é que andam
a arrancar bancos!
Há uma coisa que é verdade e que será difícil discutirmos. A área em metros quadrados de uma composição
do metro de Lisboa não foi alterada por este Governo. Isso, de facto, foi reforma que não fizemos, pelo que tem
toda a razão. Naturalmente, é mesmo importante que se afetem esses mesmos metros quadrados às novas
formas de procura.