11 DE JULHO DE 2019
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Presidente da República, convicção reforçada, de resto, pelo trabalho da Comissão de Inquérito à Caixa Geral
de Depósitos, onde o CDS teve um papel de destaque na iniciativa e nos seus trabalhos.
Aplausos do CDS-PP.
Fomos também uma voz singular em relação ao financiamento dos partidos políticos.
No Plano Nacional de Reformas, traçámos com clareza linhas de ação para tornarmos o País mais
competitivo ou para lidarmos com as alterações climáticas, nomeadamente no domínio da água, tão relevante
para a agricultura quanto para a manutenção de pessoas em todo o território.
Também propusemos o reforço da autoridade e da presença do Estado nas áreas de defesa, segurança e
investigação criminal, tendo em conta, de resto, a autoridade tão degradada, em casos inadmissíveis como o de
Tancos — que, em boa hora, pela mão do CDS, motivou uma comissão de inquérito —,…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — … e a ausência total do Estado, tão notada nos casos dramáticos
dos incêndios.
A generalidade das nossas propostas foi rejeitada, mas tal nunca nos levou a baixar os braços. Sempre
entendemos que pensar e propor quando se está na oposição tem o sentido de criar uma sementeira fecunda
para o futuro. De resto, é muito interessante observar como propostas nossas aqui rejeitadas, como as do apoio
à natalidade, vêm agora a ser propostas por outros partidos nos seus programas eleitorais. É sinal de que vale
a pena insistir!
Aplausos do CDS-PP.
Ao mesmo tempo, chamámos a atenção, permanentemente, para a elevação sistemática da carga fiscal, a
mais alta de sempre, em contraste inexplicável com a degradação dos serviços públicos — da saúde ao
processamento de reformas, do cartão de cidadão ao passaporte —, e um baixíssimo nível de investimento
público, inferior mesmo a 2015, nos hospitais, na ferrovia, nas infraestruturas ou na ativação dos fundos
comunitários.
Protestos do Deputado do PCP Jorge Machado.
Sinalizámos a pouca atenção dada à dívida pública, que continuou a subir em termos nominais, e o fraco
crescimento do nosso País, quando comparado com as economias que nos são próximas e da mesma
dimensão. Portugal cresceu, sim, mas cresceu menos do que podia e do que devia, baixou lugares nos rankings
da competitividade, degradaram-se a sua balança comercial e a sua posição comparativa em relação ao PIB
per capita.
Por diversas vezes, repetimos que estávamos perante uma oportunidade perdida para o nosso País, a
oportunidade da melhor conjuntura externa de sempre, oportunidade de irmos mais longe, de nos libertarmos
do pequenino e do poucochinho, de darmos mais horizonte a tantas e tantas pessoas.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Em toda a nossa ação política, colocámos a pessoa no centro. Por
isso, lutámos contra o encerramento de muitas escolas e turmas com contratos de associação, contrariando a
opção de pais e alunos e desmerecendo o trabalho de muitos profissionais ao longo de décadas. Por isso,
empenhámo-nos na derrota da instituição da eutanásia no nosso País e motivámos um acórdão do Tribunal
Constitucional, muito esclarecedor no domínio da maternidade de substituição.
A Sr.ª Patrícia Fonseca (CDS-PP): — Muito bem!