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5 DE DEZEMBRO DE 2019

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O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado Pedro Bacelar de Vasconcelos, tem a palavra para

responder.

O Sr. Bacelar de Vasconcelos (PS): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Inês de Sousa Real, as suas questões

contêm a resposta que pede. Ou seja, é evidente que os casos que refere deverão ter uma resposta, quer da

parte das instâncias administrativas, a quem cabe fazer a fiscalização dessas situações, quer da parte do

Governo, que se tem empenhado e que, em geral — temos de o reconhecer —, faz de Portugal um País

exemplar no quadro da União Europeia nestas matérias.

Evidentemente, para o fazer e para o cumprir é necessário dotar essas políticas dos meios de financiamento

adequados, pelo que não poderia estar em maior concordância com as preocupações que a Sr.ª Deputada

manifestou. E tenho a expectativa de que o Partido Socialista e o Governo saberão dar conta das suas

responsabilidades.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada

Isabel Meireles.

A Sr.ª Isabel Meireles (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as Deputadas e Srs. Deputados, Sr. Deputado Bacelar de

Vasconcelos, a celebração dos 10 anos da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, que vinculou

não só as instituições da União mas também todos os Estados-Membros, é, sem dúvida alguma, um momento

solene e importante. Mas, mais do que celebrarmos o seu caráter juridicamente vinculativo, penso que há que

aplicá-la e, infelizmente, constatamos que o Governo nem sempre respeita a sua aplicação.

No âmbito da intervenção de V. Ex.ª, poderia escolher qualquer outro tema, mas refiro-me concretamente à

matéria da liberdade de expressão e de informação, consagrada concretamente no n.º 2 do artigo 11.º daquela

Carta. É que a existência de uma comunicação social livre e plural é condição para o bom funcionamento de

uma democracia madura.

O jornalismo é um pilar fundamental da nossa sociedade e essa, aliás, foi também a mensagem da

conferência sobre o financiamento dos media, promovida pelo Sindicato dos Jornalistas, onde o Sr. Presidente

da República deixou, aliás, um alerta muito vincado.

Mas, curiosamente, assistimos, ainda ontem, em sede de Comissão de Cultura e Comunicação, a um

episódio com contornos e sinais muito preocupantes quando falamos da liberdade de informação na estação

pública. A coordenadora do Sexta às 9, Sandra Felgueiras, veio desmentir a direção de informação da RTP,

estranhando o adiamento do programa sobre o negócio do lítio. «A reportagem estava pronta, era possível que

o programa tivesse ido para o ar no dia 13 de setembro», afirmou a jornalista.

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — Não é verdade!

A Sr.ª Isabel Meireles (PSD): — Mas, estranhamente, só em 11 de outubro é que a estação emite o

programa.

Será que houve, Sr. Deputado, uma decisão superior de censura para não beliscar o PS e o Governo? O

lápis azul voltou?!

Protestos do PS.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, queira fazer o favor de terminar.

A Sr.ª Isabel Meireles (PSD): — Portugal precisa de um jornalismo de investigação sério, livre e isento. As

verdades e as notícias desagradáveis não podem ser aprisionadas.

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr.ª Deputada, queira terminar, se faz favor.

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a revisão dos tratados. Entre a primeira reunião da Convenção para a Carta dos Direitos
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, boa tarde a todas e a todos. Sr. Deputado Pedro Bacelar de Vasconcelos, a Carta dos Direitos
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Página 0042:
. Nesse sentido, é fundamental falar da Carta, divulgá-la e avaliar a sua aplicação, para tentar
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Página 0044:
já, Sr. Presidente. Por isso, exortamos o Governo a cumprir a Carta dos Direitos Fundamentais
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