I SÉRIE — NÚMERO 7
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devendo a aposta nos serviços de saúde ser uma das principais prioridades deste Plano de Recuperação e
Resiliência que o Governo apresentou, e de que tanto ouvimos falar.
Assim, Os Verdes acompanham as iniciativas parlamentares aqui apresentadas e reforçam a ideia de que,
para além de dotar o hospital de boas instalações, garantindo condições de trabalho e qualidade dos serviços,
devem igualmente ser tomadas medidas para a contratação de mais profissionais de saúde, nomeadamente
especialistas, para o novo centro materno-infantil do Hospital Sousa Martins.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Tem a palavra, também para uma intervenção, o Sr. Deputado André Ventura, do Chega.
O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, o Chega começa por saudar os mais de 18 000 peticionários pela resistência e resiliência, porque, de facto, é resiliência e resistência que é preciso ter.
No dia 8 de setembro de 2019, António Costa prometeu descongelar a segunda fase do hospital da
Guarda. Disse isto num comício, na Praça do Município, conforme, aliás, foi recordado hoje pelo Sr. Deputado
do Partido Socialista. Ontem e anteontem, soubemos que está em estudos, que o concurso foi aberto, que vai
continuar a aguardar e que não há data prevista para avançar. É assim que continuamos no reino socialista, a
dizer-se que «um dia faremos as obras que querem, é tudo uma prioridade».
É importante dizer-se que, no Orçamento do Estado para 2020, já depois de ter sido feita esta proposta,
nenhuma verba foi incluída para a saúde materno-infantil da Guarda. O MASMI considerou as instalações
indignas deste século e, mesmo assim, não foi incluída no Orçamento do Estado para este ano nenhuma
remodelação das instalações.
A grande questão que fica, e é isso que estes mais de 18 000 peticionários querem saber, é esta: vamos
ou não mudar as coisas neste Orçamento do Estado? É que o outro já passou.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Chamo a sua atenção para o tempo utilizado, Sr. Deputado.
O Sr. André Ventura (CH): — Vou terminar, Sr. Presidente. Agora, é tempo de sabermos a quem interessa o esvaziamento do Hospital Sousa Martins, quem tem
interesse nisso, que tipo de interesses existem nisso, e, sobretudo, se o PS, com os seus parceiros de
esquerda, vai ou não disponibilizar uma verba do Orçamento do Estado para, finalmente, dar azo a uma obra
tão importante.
O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Srs. Deputados, não havendo mais inscrições, está terminada a nossa ordem de trabalhos.
Cabe-me, agora, ler a agenda da próxima sessão plenária, que se realizará amanhã, às 15 horas.
Em primeiro lugar, iremos proceder à apreciação conjunta, na generalidade, dos Projetos de Lei n.os
473/XIV/1.ª (PS) — Aprova a Carta de Direitos Fundamentais na Era Digital e 498/XIV/1.ª (PAN) — Aprova a
Carta dos Direitos Digitais e um conjunto de medidas complementares que asseguram o reforço das garantias
dos cidadãos no domínio digital.
Em segundo lugar, procederemos à apreciação do Projeto de Resolução n.º 532/XIV/1.ª (PSD) —
Recomenda ao Governo um conjunto de medidas com vista a identificar e solucionar o problema dos lares que
se encontrem em situação irregular ou ilegal.
Em seguida, iremos apreciar, conjuntamente, na generalidade, os Projetos de Lei n.os 484/XIV/1.ª (BE) —
Cria um teto máximo para o valor das propinas de 2.º e 3.º ciclos de estudos e pós-graduações no ensino
superior público, 492/XIV/1.ª (PCP) — Eliminação das propinas no ensino superior público e 497/XIV/1.ª (PAN)
— Limita a alteração do valor das propinas dos cursos técnico superior profissional, 2.º e 3.º ciclos de estudos
no ensino superior público.
Em quarto e último lugar, procederemos à apreciação conjunta, também na generalidade, dos Projetos de
Lei n.os 18/XIV/1.ª (PCP) — Melhora as regras de atribuição e altera a duração e montantes do subsídio de
desemprego e subsídio social de desemprego, 491/XIV/1.ª (PAN) — Aumenta as garantias dos beneficiários