Debates Parlamentares - Diário 007, p. 56 (2020-09-30)

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I SÉRIE — NÚMERO 7

A luta por um novo hospital na Guarda arrasta-se por décadas e a adesão comunitária reforçou a

esperança dos profissionais de saúde e da população em geral.

Os Governos de Cavaco Silva acabaram por optar por construir hospitais novos em várias cidades, entre

as quais Viseu ou Covilhã, e a Guarda ficou no meio, a lamber feridas, com a sociedade civil partida, dividida

em contradições.

Vinte anos mais tarde, finalmente, foi um Governo do PS que cumpriu a mais importante e antiga

reivindicação da Guarda: o novo hospital.

Era um projeto com duas fases. A primeira fase seria um hospital novo, um edifício de dois pisos, mais dois

de estacionamento subterrâneo, moderno e preparado para tudo, incluindo até, vejam lá, a COVID-19! Alguns,

tão ligeiros a criticar e a demonstrar a sua ignorância, só agora descobriram para que servia o alegado

desperdício de dois largos corredores paralelos, para sujos e limpos, positivos e negativos. A justificação da

escolha da ULS Guarda como hospital COVID, o primeiro da região centro, estava também aí.

Uma vez ao serviço o hospital novo, seria então executada a segunda fase do projeto: a recuperação das

instalações dos anos 50. Só isto justifica a importância dessa segunda fase. Alguém concebe que o hospital

novo, a não estar prevista a recuperação do «edifício do comboio» — a forma simpática como, na Guarda,

identificamos a parte velha do hospital —, fosse aprovado superiormente sem serviço materno-infantil e sem

medicinas?

O Ministro Paulo Macedo, no Governo PSD/CDS — ouçam bem! —, com uma frase, cortou as asas ao

sonho: o hospital novo tinha sido o mais caro do País por metro quadrado, nem pensar na segunda fase. Mas

e a maternidade, como iria ser? Com pessoal de excelência e classificado internacionalmente como «hospital

amigo dos bebés», não podíamos ficar décadas à espera. Foi então que o Conselho de Administração da ULS

lançou a ideia de adaptar o Pavilhão 5 à saúde materno-infantil. Sem programa funcional aprovado, sem

projeto de execução concluído, sem investimento autorizado, a candidatura ao PO (Programa Operacional)

Centro 2020 não foi admitida.

A situação, em 2017, era uma trapalhada absoluta. Valeram o empenho e a dedicação do novo Conselho

de Administração, que encarou o Pavilhão 5 como uma prioridade. E juntos, Governo, Deputados e cidadãos,

conseguimos desatar os vários nós e tornar o projeto numa realidade.

Em setembro de 2019, o Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou, alto e bom som, no centro da Guarda,

que a segunda fase do hospital da Guarda era para avançar e ia avançar. O «edifício do comboio» vai ser

recuperado e adaptado a várias valências que são prioritárias na região e no País, sem esquecer que é o

hospital mais próximo dos territórios fronteiriços de Espanha. O Pavilhão 5 é apenas a primeira fase da

segunda fase.

Vem agora o PSD bater com a mão no peito e tentar salvar a face, por ter sido o Governo de Passos

Coelho e de Paulo Macedo, com o beneplácito de autarcas e dirigentes locais sociais-democratas, o

responsável pelo cancelamento da segunda fase do hospital.

Bem pode a Presidente da Assembleia Municipal da Guarda, como fez ontem, tomar as dores do PSD e

apresentar, demagogicamente, moções para exigir a segunda fase do hospital da Guarda. De pouco lhes

servirá essa tentativa desesperada de querer ver quem mais capitaliza para melhor se posicionar internamente

como candidato ou candidata do PSD à Câmara da Guarda. Os guardenses não querem saber de guerrilhas

partidárias, resolvam-nas dentro de casa! Os guardenses querem e merecem ter a segunda fase do seu

hospital.

O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Façam a obra!

O Sr. Santinho Pacheco (PS): — E os guardenses sabem que, para isso, podem confiar no Governo do Partido Socialista e no compromisso assumido, na Guarda, pelo Sr. Primeiro-Ministro.

Risos do Deputado do PSD Carlos Peixoto.

A moção ontem votada na Assembleia Municipal da Guarda, sabendo que iria haver hoje esta sessão, a

exigir isto e aquilo, é de um ridículo atroz. Lá no fundo, não querem nada; só o que é mau para a Guarda é

bom para o PSD!

I SÉRIE — NÚMERO 7 56 A luta por um novo hospital na Guarda arrasta-se por décadas e a adesão comunitária reforçou a esperança dos profissionais de saúde e da população em geral. Os Governos de Cavaco Silva acabaram por optar por construir hospitais novos em várias cidades, entre as quais Viseu ou Covilhã, e a Guarda ficou no meio, a lamber feridas, com a sociedade civil partida, dividida em contradições. Vinte anos mais tarde, finalmente, foi um Governo do PS que cumpriu a mais importante e antiga reivindicação da Guarda: o novo hospital. Era um projeto com duas fases. A primeira fase seria um hospital novo, um edifício de dois pisos, mais dois de estacionamento subterrâneo, moderno e preparado para tudo, incluindo até, vejam lá, a COVID-19! Alguns, tão ligeiros a criticar e a demonstrar a sua ignorância, só agora descobriram para que servia o alegado desperdício de dois largos corredores paralelos, para sujos e limpos, positivos e negativos. A justificação da escolha da ULS Guarda como hospital COVID, o primeiro da região centro, estava também aí. Uma vez ao serviço o hospital novo, seria então executada a segunda fase do projeto: a recuperação das instalações dos anos 50. Só isto justifica a importância dessa segunda fase. Alguém concebe que o hospital novo, a não estar prevista a recuperação do «edifício do comboio» — a forma simpática como, na Guarda, identificamos a parte velha do hospital —, fosse aprovado superiormente sem serviço materno-infantil e sem medicinas? O Ministro Paulo Macedo, no Governo PSD/CDS — ouçam bem! —, com uma frase, cortou as asas ao sonho: o hospital novo tinha sido o mais caro do País por metro quadrado, nem pensar na segunda fase. Mas e a maternidade, como iria ser? Com pessoal de excelência e classificado internacionalmente como «hospital amigo dos bebés», não podíamos ficar décadas à espera. Foi então que o Conselho de Administração da ULS lançou a ideia de adaptar o Pavilhão 5 à saúde materno-infantil. Sem programa funcional aprovado, sem projeto de execução concluído, sem investimento autorizado, a candidatura ao PO (Programa Operacional) Centro 2020 não foi admitida. A situação, em 2017, era uma trapalhada absoluta. Valeram o empenho e a dedicação do novo Conselho de Administração, que encarou o Pavilhão 5 como uma prioridade. E juntos, Governo, Deputados e cidadãos, conseguimos desatar os vários nós e tornar o projeto numa realidade. Em setembro de 2019, o Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou, alto e bom som, no centro da Guarda, que a segunda fase do hospital da Guarda era para avançar e ia avançar. O «edifício do comboio» vai ser recuperado e adaptado a várias valências que são prioritárias na região e no País, sem esquecer que é o hospital mais próximo dos territórios fronteiriços de Espanha. O Pavilhão 5 é apenas a primeira fase da segunda fase. Vem agora o PSD bater com a mão no peito e tentar salvar a face, por ter sido o Governo de Passos Coelho e de Paulo Macedo, com o beneplácito de autarcas e dirigentes locais sociais-democratas, o responsável pelo cancelamento da segunda fase do hospital. Bem pode a Presidente da Assembleia Municipal da Guarda, como fez ontem, tomar as dores do PSD e apresentar, demagogicamente, moções para exigir a segunda fase do hospital da Guarda. De pouco lhes servirá essa tentativa desesperada de querer ver quem mais capitaliza para melhor se posicionar internamente como candidato ou candidata do PSD à Câmara da Guarda. Os guardenses não querem saber de guerrilhas partidárias, resolvam-nas dentro de casa! Os guardenses querem e merecem ter a segunda fase do seu hospital. O Sr. Carlos Peixoto (PSD): — Façam a obra! O Sr. Santinho Pacheco (PS): — E os guardenses sabem que, para isso, podem confiar no Governo do Partido Socialista e no compromisso assumido, na Guarda, pelo Sr. Primeiro-Ministro. Risos do Deputado do PSD Carlos Peixoto. A moção ontem votada na Assembleia Municipal da Guarda, sabendo que iria haver hoje esta sessão, a exigir isto e aquilo, é de um ridículo atroz. Lá no fundo, não querem nada; só o que é mau para a Guarda é bom para o PSD!

FERRO RODRIGUES
Presidente
Abertura da sessão

MARIA DA LUZ ROSINHA
Secretário
Leitura

DUARTE PACHECO
Deputado
Declaração politica

JOSÉ LUÍS FERREIRA
Deputado
Pedido de esclarecimento

INÊS DE SOUSA REAL
Deputada
Pedido de esclarecimento

DUARTE ALVES
Deputado
Pedido de esclarecimento

DUARTE PACHECO
Deputado
Intervenção

MARIANA MORTÁGUA
Deputada
Pedido de esclarecimento

MIGUEL MATOS
Deputado
Pedido de esclarecimento

CECÍLIA MEIRELES
Deputada
Pedido de esclarecimento

DUARTE PACHECO
Deputado
Intervenção

INÊS DE SOUSA REAL
Deputada
Defesa da honra

DUARTE PACHECO
Deputado
Explicações

JOSÉ MARIA CARDOSO
Deputado
Declaração politica

JOSÉ CANCELA MOURA
Deputado
Pedido de esclarecimento

CECÍLIA MEIRELES
Deputada
Pedido de esclarecimento

JOÃO COTRIM DE FIGUEIREDO
Deputado
Pedido de esclarecimento

JOSÉ MARIA CARDOSO
Deputado
Intervenção

NELSON SILVA
Deputado
Pedido de esclarecimento

PAULA SANTOS
Deputada
Pedido de esclarecimento

JOSÉ LUÍS FERREIRA
Deputado
Pedido de esclarecimento

MARIA DA LUZ ROSINHA
Deputada
Pedido de esclarecimento

JOSÉ MARIA CARDOSO
Deputado
Intervenção

ANTÓNIO FILIPE
Deputado
Declaração politica

JOSÉ MANUEL PUREZA
Deputado
Pedido de esclarecimento

ANDRÉ VENTURA
Deputado
Pedido de esclarecimento

ANTÓNIO FILIPE
Deputado
Intervenção

CARLOS PEIXOTO
Deputado
Pedido de esclarecimento

ISABEL RODRIGUES
Deputada
Pedido de esclarecimento

TELMO CORREIA
Deputado
Pedido de esclarecimento

ANTÓNIO FILIPE
Deputado
Intervenção

CECÍLIA MEIRELES
Deputada
Declaração politica

JORGE PAULO OLIVEIRA
Deputado
Pedido de esclarecimento

JOÃO COTRIM DE FIGUEIREDO
Deputado
Pedido de esclarecimento

CECÍLIA MEIRELES
Deputada
Intervenção

DUARTE ALVES
Deputado
Pedido de esclarecimento

HUGO COSTA
Deputado
Pedido de esclarecimento

CECÍLIA MEIRELES
Deputada
Intervenção

INÊS DE SOUSA REAL
Deputada
Declaração politica

FERNANDA VELEZ
Deputada
Pedido de esclarecimento

ANA RITA BESSA
Deputada
Pedido de esclarecimento

INÊS DE SOUSA REAL
Deputada
Intervenção

ANDRÉ VENTURA
Deputado
Pedido de esclarecimento

EDUARDO BARROCO DE MELO
Deputado
Pedido de esclarecimento

PAULA SANTOS
Deputada
Pedido de esclarecimento

INÊS DE SOUSA REAL
Deputada
Intervenção

PEDRO COIMBRA
Deputado
Declaração politica

BRUNO DIAS
Deputado
Pedido de esclarecimento

JOSÉ LUÍS FERREIRA
Deputado
Pedido de esclarecimento

INÊS DE SOUSA REAL
Deputada
Pedido de esclarecimento

PEDRO COIMBRA
Deputado
Intervenção

ISABEL PIRES
Deputada
Pedido de esclarecimento

CRISTÓVÃO NORTE
Deputado
Pedido de esclarecimento

JOÃO GONÇALVES PEREIRA
Deputado
Pedido de esclarecimento

PEDRO COIMBRA
Deputado
Intervenção

JOÃO COTRIM DE FIGUEIREDO
Deputado
Intervenção

BEBIANA CUNHA
Deputada
Intervenção

ALEXANDRA VIEIRA
Deputada
Intervenção

MARIANA SILVA
Deputada
Intervenção

ANA RITA BESSA
Deputada
Intervenção

MARIA GERMANA ROCHA
Deputada
Intervenção

LÚCIA ARAÚJO SILVA
Deputada
Intervenção

ALMA RIVERA
Deputada
Intervenção

ANA RITA BESSA
Deputada
Intervenção

CARLOS PEIXOTO
Deputado
Intervenção

SANTINHO PACHECO
Deputado
Intervenção

MOISÉS FERREIRA
Deputado
Intervenção

DUARTE ALVES
Deputado
Intervenção

MARIANA SILVA
Deputada
Intervenção

ANDRÉ VENTURA
Deputado
Intervenção

FERNANDO NEGRÃO
Vice-Presidente
Encerramento da sessão

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