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24 DE NOVEMBRO DE 2020

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O Sr. Presidente: — Bom dia, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, Sr.as e Srs. Funcionários, Sr.as e Srs. Jornalistas, Srs. Agentes da autoridade.

Está aberta a sessão.

Eram 10 horas e 5 minutos.

Vamos dar início à nossa reunião plenária, cuja ordem do dia consta da discussão, na especialidade, da

Proposta de Lei n.º 61/XIV/2.ª (GOV) — Aprova o Orçamento do Estado para 2021.

Como sabem e é hábito, começamos pela discussão das normas avocadas pelo Plenário, sendo que cada

grupo parlamentar e Deputados únicos representantes de um partido (DURP) dispõem de 5 minutos para intervir.

Sobre a proposta, apresentada pelo PCP, de aditamento de um artigo 34.º-A — Contratação de funcionários

judiciais, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Esta intervenção é feita a propósito da proposta, apresentada pelo PCP, relativa às admissões de funcionários

judiciais, pois um aspeto particularmente crítico nessa área tem que ver com diversos défices em termos de

recursos humanos. Tal é, portanto, objeto de propostas apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PCP, porque,

de facto, trata-se de uma área crítica.

Sabemos que tem havido uma inovação tecnológica que tem procurado agilizar processos e facilitar o

funcionamento da justiça, mas não é possível, dado o manifesto défice de recursos humanos, que a tecnologia

consiga resolver todos os problemas que se têm vindo a acumular. Por esse motivo, o PCP avançou com

propostas que não só visam colmatar o défice de funcionários judiciais — calcula-se que importaria contratar

2500 funcionários para que o funcionamento eficaz dos tribunais fosse assegurado —, como visam o

recrutamento, o que está previsto na Lei da Organização do Sistema Judiciário, de assessores para juízes e

para o Ministério Público, mais concretamente 280 assessores, o que nos parece ser o número adequado para

o imediato.

Quanto às admissões na Polícia Judiciária, congratulamo-nos com a aprovação, na passada sexta-feira, da

proposta do PCP que visa um plano de investimento para a investigação criminal. No entanto, isso pressupõe,

obviamente, as admissões necessárias na Polícia Judiciária, quer para assessores, quer para peritos, quer para

criminalistas, quer para seguranças.

No que se refere ao Instituto dos Registos e Notariado, existe um manifesto défice de conservadores e de

oficiais de registo que importaria colmatar, e, para isso, o PCP também avançou com propostas.

É incontornável a falta de recursos humanos no setor da justiça e, nesse sentido, a aprovação das propostas

do PCP seria um contributo muito importante para começar a resolver os problemas que se têm vindo a acumular

há vários anos e que importa resolver.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Sobre a proposta, apresentada pelo BE, de aditamento de um artigo 39.º-A — Autonomia das instituições do Serviço Nacional de Saúde para contratação de profissionais, tem a palavra o Sr.

Deputado Moisés Ferreira.

O Sr. Moisés Ferreira (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Na sexta-feira passada, debatemos uma proposta do Bloco de Esquerda que garantia total autonomia às instituições

do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para contratar segundo as suas necessidades.

Falamos de uma proposta fundamental para que não se continue a responder com contratos precários, de

quatro meses, a necessidades permanentes, para que não se continue a despedir profissionais de saúde em

plena pandemia e para que as instituições não continuem à espera, meses a fio, por autorizações que, muitas

vezes, não chegam.

Tratava-se de uma proposta fundamental para termos um Serviço Nacional de Saúde robusto, neste

momento em que ele é mais preciso, mas o PS votou-a contra, chumbando-a.