I SÉRIE — NÚMERO 56
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O Sr. Presidente: — Chegámos, assim, ao final do terceiro ponto da nossa agenda.
A Sr.ª Bebiana Cunha (PAN): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, está a pedir a palavra para que efeito?
A Sr.ª Bebiana Cunha (PAN): — Sr. Presidente, falta o encerramento deste ponto, que cabe ao PAN.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, os tempos que podemos ver no ecrã dizem respeito ao ponto que acabou
de ser discutido e já estão esgotados.
A Sr.ª Bebiana Cunha (PAN): — Sr. Presidente, o ecrã não está atualizado. Falta o tempo destinado ao
encerramento deste ponto, que neste caso cabe ao PAN por ter sido o autor do agendamento.
O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, admito que tenha razão, mas não é essa a indicação que tenho dos
serviços.
De qualquer maneira, tem a palavra, Sr.ª Deputada. Peço-lhe que seja rápida.
A Sr.ª Bebiana Cunha (PAN): — Sr. Presidente, não tenho dúvidas de que é mesmo assim. Portanto, com
a sua permissão, passarei ao encerramento do terceiro ponto da nossa ordem de trabalhos.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Gostaria de agradecer o debate aqui feito em torno do tema da
melhoria de nota e de dizer que deu entrada, há cerca de um mês, um projeto de resolução do PAN que
recomendava ao Governo que refletisse e resolvesse este problema. Mas, como nada foi feito, tivemos de
apresentar um projeto de lei.
Perante a posição de toda esta Casa, de todo este Parlamento, o Partido Socialista insiste em não rever a
sua posição e insiste em falar de estabilidade. Só se for estabilidade de injustiça, Sr.as e Srs. Deputados.
A Sr.ª Deputada Carla Sousa, na sua intervenção, alegou que vão ser criadas outras injustiças e que estamos
a defender o regresso de todos os exames. Não, Sr.ª Deputada. O que se propõe é, de facto, a realização, única
e simplesmente, dos exames de melhoria de nota interna, que criaram uma injustiça no modelo de acesso ao
ensino superior. Isto tem, evidentemente, de ser discutido.
Já colocámos a questão ao Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em sede de audição
regimental, pelo que esperamos que ele possa perder os receios que tem e faça este mesmo debate.
Mas, Sr.as e Srs. Deputados, lembramos que o Partido Socialista que alega regras sanitárias é o mesmo
Partido Socialista que não quer reduzir o número de alunos por turma e que considera que as turmas e as
escolas são, de facto, seguras. Aliás, é o mesmo Partido Socialista que conseguiu realizar os exames nacionais
no ano passado, num contexto de segurança e de eficiência.
Estamos a falar, Sr.as e Srs. Deputados, apenas de um número residual de exames de melhoria de nota.
Lamentavelmente, o Ministério da Educação não perguntou sequer aos alunos quantos é que pretendiam
realizá-lo e, ainda hoje, o PAN aguarda essa resposta por parte do Ministério. Mas adiantamos os dados: serão,
possivelmente, cerca de 5000 exames, eventualmente com a previsão de 19 000 estudantes. Reiteramos que
estamos a falar de um número residual de exames a realizar!
Portanto, esperamos que, em sede de especialidade, o Partido Socialista possa mudar, então, a sua posição.
O Sr. Presidente: — Tem, ainda, a palavra o Sr. Deputado Miguel Costa Matos, do Grupo Parlamentar do
PS, que dispõe de 32 segundos.
Só agora é que foram acrescentados os tempos, por isso, quando há pouco assumi a condução dos
trabalhos, não tinha essa visão. Lamento e peço aos serviços que, da próxima vez, não seja assim.
Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Miguel Matos (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O ensino é um direito e foi graças a Abril
que pudemos democratizar o ensino superior.