18 DE JUNHO DE 2021
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é tal que não há investidor que sobreviva. O setor energético tem de deixar de ser um custo de contexto para
as empresas portuguesas, porque pode, pela primeira vez na história, passar a ser uma oportunidade de
competitividade.
Não há outra forma de fazer esta transição que não seja pela iniciativa privada, de todas as empresas em
vez daquelas que o Estado quer ajudar. O País precisa de concorrência, precisa de novos empresários que
tenham condições para desafiar e para crescer. Não pode ser um País dos incumbentes, dos que já cá estavam,
dos que já tinham acesso, porque isso é ser um País velho, um País cansado, um País com talento jovem
sufocado em impostos, sem dinheiro para investir, preso em burocracia e papelada. Deixemos as empresas e
os empresários fazer, pois eles vão, naturalmente, querer modernizar-se e exportar, assim os deixem.
Nunca veio tanto dinheiro para Portugal em tão pouco tempo, e o Governo segue agora a mesma receita:
arranja dinheiro fora para gastar aqui com alguns e compra o resto aos mesmos que lho emprestaram. Vai
continuar a nacionalizar os prejuízos dos mais fortes enquanto deixa cair os mais fracos, vai colocar a riqueza
nuns e os impostos nos outros. O Governo que não resiste a olhar para o PRR como um porquinho mealheiro
para os seus ministros financiarem as suas inaugurações, programas de compras públicas e outras coisas.
O PS continua a achar que, só porque apareceu para surfar em maré alta, a maré subiu porque o PS estava
a surfar.
O PS vende a televisão para comprar a PlayStation. Poderá dizer lá fora, e por estar nas redes sociais, que
foi o primeiro a tê-la, mas nunca jogará com ela, porque a televisão já a vendeu.
A Sr.ª Ana Catarina Mendonça Mendes (PS): — Tanto disparate!
O Sr. João Oliveira (PCP): — Há quem faça comparação com os gregos, ele é mais PlayStation.
O Sr. Hugo Martins de Carvalho (PSD): — É o que, infelizmente, a governação prefere fazer, gritar ao mundo das boas intenções que «desta vez é que é», mas não porque tenha ganho competitividade para todos
podermos ganhar mais, para vivermos todos melhor, para combatermos, efetivamente, as desigualdades ou
honrar, até, o mandato que os portugueses democraticamente nos confiaram.
Ainda vamos a tempo. Portugal pode muito mais se, assim como nós, outros o quiserem fazer, de facto,
melhor.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Ricardo Leão, do PS.
O Sr. Ricardo Leão (PS): — Sr. Presidente, Srs. Secretários de Estado, Sr.as e Srs. Deputados: Esta crise pandémica interrompeu um ciclo de crescimento económico e de criação de emprego nunca antes vivido, mas
foi sempre acompanhada por rigor nas contas públicas, fazendo com que, pela primeira vez na história da nossa
democracia, não se tivesse registado um défice nas nossas contas públicas, mas, sim um excedente orçamental.
E se o PSD, hoje, nos disse que quer ajudar, então que comece por reconhecer que era esta a realidade que
existia antes desta crise pandémica mundial. Se querem mesmo ajudar, então comecem por reconhecer que
estavam errados e que o modelo económico seguido pelo PS era aquele que estava certo e que o vosso estava
errado.
Aplausos do PS.
Risos do PSD.
Durante esta crise pandémica, de forma a combater os seus efeitos na nossa economia, nas nossas
empresas e instituições, este Governo imediatamente criou programas de apoio às nossas pequenas e médias
empresas, como o layoff simplificado, os apoios aos trabalhadores independentes, aos sócios gerentes, às
microempresas com contabilidade simplificada, o Programa APOIAR,…